terça-feira, 30 de novembro de 2010

(mais uma vez) Um legítimo encontro, vulgo Amor

? Um legítimo encontro se dá
quando fazer bem ao outro é
fazer bem a si

E quando fazer bem a si
é fazer bem ao outro.

Talvez poderiamos chamar
vulgarmente isso
de
Amor!

(Eu amo o mundo!)

domingo, 7 de novembro de 2010

Do Amigo

"Junto de mim sempre há alguém em demasia - assim pensa o solitário. Com o decorrer do tempo, Um sempre acaba por fazer dois!"

"Eu e Mim estão sempre em conversações incessantes. Como se poderia suportar isto se não houvesse um amigo?"

Para o solitário o amigo é sempre o terceiro; o terceiro é a bóia que impede o diálogo de se afundar nas profundezas.

Ai! Existem sempre demasiados abismos para todos os solitários. Por isso aspiram a um amigo E à sua altura.

A nossa fé nos outros revela aquilo que desejaríamos crer em nós mesmos.
O nosso desejo de um amigo é o nosso delator.

E frequentemente, a amizade, serve apenas para saltar por cima da inveja.
E frequentemente atacamos e criamos inimigos para ocultar que nós mesmos somos vulneráveis.

"Sê ao menos meu inimigo!" – Assim, fala o verdadeiro respeito, o que se não atreve a solicitar a amizade.

Se se quiser ter um amigo, é preciso também guerrear por ele; e para guerrear é preciso poder ser inimigo.

É preciso honrar no amigo próprio inimigo. Podes aproximar-te do teu amigo sem passar para o seu lado?

No amigo deve-se vislumbrar o melhor inimigo. Quando lhe resistes é quando entao mais te aproxima do seu coraçao.

Diante do teu amigo nao queres usar roupa alguma? Será que é em honra de teu amigo que te entregas a ele tal qual és? Pois é por isso que te manda para o demônio!

Aquele que se faz nenhum mistério de si, escandaliza. “Deveis temer a mudez! Sim; se fosseis deuses, então poderíeis einvergonhar-vos dos vossos vestidos”.

Nunca te adornarás demais para o teu amigo, porque deves ser para ele uma seta e também uma inspiraçao veemente em direção ao Além-Homem.

Já viste dormir o teu amigo para saberes como és? Qual é, então, a cara do teu amigo?
É a tua própria cara num espelho tosco e imperfeito.

Já viste dormir o teu amigo? Não te assombrou o seu aspecto? Ó! meu amigo; o homem deve ser superado!

O amigo deve ser mestre na adivinhação e no silêncio: não deves querer ver tudo. O teu sono deve revelar-te o que faz o teu amigo durante a vigília.

Que a sua compaixao seja uma arte de adivinhar para saber se o teu amigo quer compaixão. Talvez em ti lhe agradem os olhos impassível e a contemplação da eternidade.

Que a tua compaixão com o amigo se dissimule sob uma dura casca, uma rude certeza.
Que se partam teus dentes ao morder essa compaixao.
Então ela terá finura e suavidade.

Serás tu para o teu amigo ar puro e solidao, pão e reconforto? Há quem não possa desatar as suas próprias correntes, mas para o amigo se tornou um libertador.

És escravo? Então não podes ser amigo.
És tirano? Então não podes ter amigos.

Há demasiado tempo que se ocultavam na mulher um escravo e um tirano. Por isso a mulher ainda não é capaz de amizade; apenas conhece o amor.

No amor da mulher há injustiça e cegueira para tudo quanto não ama.
E mesmo o amor iluminado da mulher, se oculta sempre, ao lado da luz, o relampago e a noite.

A mulher ainda não é capaz de amizade: as mulheres continuam sendo gatas e aves. Ou, melhor, vacas.
A mulher ainda não é capaz de amizade. Mas dizei-me vós homens: qual dentre vós é porventura capaz de amizade?

Ah, Pobre homens! que pobreza e avareza há em vossa alma!
Quando vós outros dais a vossos amigos eu quero dar também aos meus inimigos sem me tornar mais pobre por isso.

O companheirismo existe. Que a amizade possa renascer!”

Assim falava Zaratustra."

(Do amigo - Trecho de 'Assim falava Zaratustra', Nas palavras do Santo-Louco Nietzsche)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A loucura.
A cura pela loucura?
A chegada ao extremo oposto.
A razao pela desrazao
O oposto Mais uma vez.

É bom poder encontrar o divino,
a divindade dentro de si E
se descobrir capaz de criar mundos E compartilhar universos.

Encontrar outros Deuses!

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Ainda tentando encontrar uma maneira de abrir a porta um pouco mais devagar.
Por mais que a escancarez nao seja inimiga e uma hora cesse
como tudo.

mais devagar.

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Deus das intensidades, abençoe estas almas urbanas
com tua força e potencia. As HaBite!

hAmén

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Poesia
Nao acontece se nao se compartilha.

Até mesmo a poesia pra si, dentro de si
só existe se
aqui tem mais alguem pra rir ou chorar
seja comigo ou nao.

assim...
"talvez, o concreto esteja desmoronando
Allan diz (17:51):
e vou substituir por uma cerquinha baixa de madeira
gabi · diz (17:51):
hunrun!"


foda, não? e nem é concreto..
apenas afeto sendo compartilhado e sentido.
mesmo que a distancia!
"Não há mal que sempre dure,
nem bem que não se acabe."

Salve a sabedoria popular!