sexta-feira, 2 de julho de 2010

Eis que um belo dia o jovem acorda.
Olha as coisas um pouco diferentes, diziam que não há soluçao.
Muitos diziam.

Ele quase acreditou.
Mas esse era um dia muito determinado e determinante.
Ele nao podia fingir que seria diferente.

A ideia que ao dormir parecia um tanto quanto lunática, ao acordar parecia
a unica soluçao como o raiar do sol.

Chegou na cozinha, procurou a todos.
Nao achou.
Mas uma vez fez nexo, era dia dos pais!
Tudo caminha. Ele mais uma vez entende a importancia.

Entao lembra de ir a casa de seu avô, que morava algumas quadras de sua casa.
Lembra que a família inequívocamente se reunia la nesse tipo de datas.
Por uma força magnética inexplicável. Era toda santa data.
Essa nao seria diferente. Talvez fosse mais santa que as outras ou mais pagã.

Ele chega.
Todos estao na mesa, compartilhando belamente o almoço preparado com tanto zelo.
Ninguem briga pela comida, todos se preocupam em partilhar.
Nao igualmente, mas de acordo com a necessidade de cada um, pra que nao houvesse chance da falta surgir.

Ele mais uma vez entendia tudo. Tudo como pensara e como ia ser.
Chega na cozinha, comprimenta uma prima e vai para a gaveta.
pega uma faca de peixe. Era peixe o prato principal, como nao seria?

Na sala todos olham com sorrisos para ele, finalmente chegara.
Quase acharam que nao ia, mas sabiam que ele nao faltaria.

Primeiro o avô. arranca seu olho com a faca.
Todos olham imóveis, nao há grito.
Logo em seguida a jugular.
Um por um espera a sua hora com uma imóvel paciencia mista de extase.

Um por um. Primos e primos, tios e tias, mae e pai.
Depois de ter terminado sua tarefa, fecha os olhos e crava a faca certeiramente em seu peito.
Como ensaiara tantas vezes antes do Dia.

Com um ultimo suspiro, Tira a carta do bolso e coloca na ponta da mesa perto do Patriarca da família, com o simples escrito cunhado a ouro e sangue:
"Por um Mundo melhor"