terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

bigbangchaostheory 2.0

No princípio, Deus e o homem eram um.

Não havia distinção. Não havia um e outro. nao havia outro e eu.
Tudo funcionava com uma harmonia estática. Perfeita.

De forma que Nada existia. E não havia movimento. não havia criação.
Deus era Nada. Estar com Deus era a inexistência.

De alguma forma conseguiram contar que isso era bom. mesmo que isso nao fosse possivel ainda.

E talvez, em termos humanos, as coisas até existiam. mas eram próximas a uma não existencia. Pois nao havia consciencia disso.
Logo, Tudo beirava o Nada. Nada era Tudo.

E as coisas eram eternas. Sem precisar ser.

Eis que um dia. Um anjo de luz. Um demônio gracioso. O caos.
Surge.

Fez-se a diferença entre luz e sombra, apesar dessa ser o mesmo junto com a outra.

Mas elas se separaram. Foi possivel contrastar uma com a outra.
Criou-se a partir do caos desarmonizador. As formas.

A harmonia de Deus, como se intui conhecer, jamais estaria sozinha.

Um Belo anjo de curvas sedutoras agora era presente. E ele dançava graciosamente.

As coisas passaram a existir, a decidir-se por um lado ou outro onde estivesse em mais abundancia.

a harmonia perfeita do tudo e o nada. a existencia-inexistencia assim deixou de existir.
para Existir.

A maçã a essa hora já foi comida.

Ja é possivel ser homem e deus.
Existir e nao existir.
ser eterno e finito.
Conhecer. Perceber-se Forma.

Escolher. e mais do que isso, saber o peso dessa escolha.
Deus ou Diabo?

A dúvida. o caminho.
A ética (moral?). A estética.

Uma armadilha eis aqui criada.

(...)

Poder de criar.

Mas... Talvez escolher seja pesado de mais. que tal criar coisas que decidam por nós?

Leis? Moral?

Mas espera. quem fez isso por nós. É preciso alguém pra ter criado a Lei. Vamos criar alguma figura pra deter o poder sobre ela e agente se eximir mais uma vez da responsabilidade (culpa?) da escolha:

Linguagem? Totém? Deus? Reis? Igreja? Família? Jurista? Patrão?
Dinheiro?

Acho que dá certo com uma estrutra complexa e auto-justificativa. Transcendente Talvez.
Talvez ninguem nunca tenha paciencia pra identificá-la numa outra estrutura.
Vai dar certo.

Mas e se alguém algum dia chegar perto disso?

Simples: Violência! Ameaçar a forma com o fim da forma.

Temos o poder de criar. podemos também destruir.

Mas destruir dói?

(...)

- Papai, papai, quero me religar a Deus de novo!

- Calma filho.
Talvez realmente nao esteja mais tão longe do homem finalmente reunir-se a Deus.
Pra Sempre.

(...)

Bum!
[e talvez nem se tenha tanta sorte de ser rápido e monossilábico assim.]