Tanta coisa pra falar, escrever, formar...
Mas com tanta preguiça pras palavras....
quarta-feira, 30 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
domingo, 6 de junho de 2010
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Então fui comprar um passarinho.
Resolvi isso de ultima hora.
Entao pergunto ao dono: o senhor tem algum pássaro pra vender?
Ele pergunta de volta se eu quero algum em especial?
Eu digo que não, apenas queria saber o preço e se tinha passarinho.
Ele diz que deve conseguir uns canários belgas pra semana, mas que no momento só tem um periquito. Na verdade uma periquita. Acredita ser fêmea.
Eu digo que vou querer levar.
Entao ele me pergunta se eu tenho gaiola em casa, e tem que ser de metal.
Eu digo que nao, mas que dou um jeito.
Enrola, enrola, diz q so vai me vender se eu tiver uma gaiola, pq senao eu vou jogar meu dinheiro fora.
Eu finjo ligar pra casa, me sinto ridículo, volto a loja e digo q tem uma gaiola de madeira, mas que vou providenciar a de metal.
depois de muito enrolar ele resolve me vender, desconfiado e preocupado que eu nao fosse dar chance ao bicho de fugir.
Eu digo que se o bicho conseguir fugir ele mereceu por ser esperto.
Ele diz que esses bichos nao sao espertos, simplesmente fogem, sao assim.
Nao digo nada.
Depois de muito custo, finalmente vai pegar o passaro, me explica antes que eu tenho q dar agua e comida, senao ele morre. e morre mesmo. tá me avisando.
Compro o passaro
chego na praça que imaginei. nao era como imaginava.
ando mais.
muitos carros passam. o bicho inquieta.
sossega. falo pra ele que nao vai demorar muito.
chego noutra praça, menor essa. nem imaginei.
começo a abrir a pequena caixa. calma, já vai.
tá aberta agora. Vai.
Ele vai. mal dá pra ver.
Nao teve poesia nem nada. apenas foi.
voou capenga e desengonçado
numa fraçao de segundos ele era mundo, nao sei nem se era vivo.
apenas foi
Tem dias que sao no mínimo estranhos. Na verdade acho que existiriam poucas palavras pra descrever esses dias. Na verdade neles as palavras saem com dificuldade. um parto.
Na verdade eu nem sei porque eu to escrevendo aqui.
Pensei em falar sobre uma visita ao inferno, talvez uma outra ao céu. ou talvez como eu sai dos dois ou nunca sai de nenhum dos dois. ou como eu nunca fui a lugar nenhum. ou como eu nunca existi. em lugar nenhum.
As vezes a gente se acostuma com as lacunas. as vezes a gente aprende a construir pontes por cima delas, com pedágio até as vezes.
Entao eu morri. ai aconteceu do além vida ser a própria vida. como eu nunca imaginei e como eu sempre soube que seria.
É tudo igual. tudo como se imagina. Exatamente.
Na verdade sempre vai poder ser o que voce quiser e imaginar ser. tudo igual.
Quem poderia imaginar?
Deve ser uma coisa bem assustadora pra quem nao consegue imaginar diferente dos céus e infernos que já criaram por ai. as coisas préfabricadas, deve dá um ar de 'looping' sem fim com cheiro de mofo.
É bom quando o igual ja é tao diferente, porque se nao fosse... nao sei o que seria... sinceramente.
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