...chegamos mais uma vez na estranha parte da espiral histórica
em que amar, especialmente sem razao,
vira uma estranhissima subversao.
Uma merda, nao?
(talvez rimar também volte a ser...)
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
terça-feira, 30 de novembro de 2010
(mais uma vez) Um legítimo encontro, vulgo Amor
? Um legítimo encontro se dá
quando fazer bem ao outro é
fazer bem a si
E quando fazer bem a si
é fazer bem ao outro.
Talvez poderiamos chamar
vulgarmente isso
de
Amor!
(Eu amo o mundo!)
quando fazer bem ao outro é
fazer bem a si
E quando fazer bem a si
é fazer bem ao outro.
Talvez poderiamos chamar
vulgarmente isso
de
Amor!
(Eu amo o mundo!)
domingo, 7 de novembro de 2010
Do Amigo
"Junto de mim sempre há alguém em demasia - assim pensa o solitário. Com o decorrer do tempo, Um sempre acaba por fazer dois!"
"Eu e Mim estão sempre em conversações incessantes. Como se poderia suportar isto se não houvesse um amigo?"
Para o solitário o amigo é sempre o terceiro; o terceiro é a bóia que impede o diálogo de se afundar nas profundezas.
Ai! Existem sempre demasiados abismos para todos os solitários. Por isso aspiram a um amigo E à sua altura.
A nossa fé nos outros revela aquilo que desejaríamos crer em nós mesmos.
O nosso desejo de um amigo é o nosso delator.
E frequentemente, a amizade, serve apenas para saltar por cima da inveja.
E frequentemente atacamos e criamos inimigos para ocultar que nós mesmos somos vulneráveis.
"Sê ao menos meu inimigo!" – Assim, fala o verdadeiro respeito, o que se não atreve a solicitar a amizade.
Se se quiser ter um amigo, é preciso também guerrear por ele; e para guerrear é preciso poder ser inimigo.
É preciso honrar no amigo próprio inimigo. Podes aproximar-te do teu amigo sem passar para o seu lado?
No amigo deve-se vislumbrar o melhor inimigo. Quando lhe resistes é quando entao mais te aproxima do seu coraçao.
Diante do teu amigo nao queres usar roupa alguma? Será que é em honra de teu amigo que te entregas a ele tal qual és? Pois é por isso que te manda para o demônio!
Aquele que se faz nenhum mistério de si, escandaliza. “Deveis temer a mudez! Sim; se fosseis deuses, então poderíeis einvergonhar-vos dos vossos vestidos”.
Nunca te adornarás demais para o teu amigo, porque deves ser para ele uma seta e também uma inspiraçao veemente em direção ao Além-Homem.
Já viste dormir o teu amigo para saberes como és? Qual é, então, a cara do teu amigo?
É a tua própria cara num espelho tosco e imperfeito.
Já viste dormir o teu amigo? Não te assombrou o seu aspecto? Ó! meu amigo; o homem deve ser superado!
O amigo deve ser mestre na adivinhação e no silêncio: não deves querer ver tudo. O teu sono deve revelar-te o que faz o teu amigo durante a vigília.
Que a sua compaixao seja uma arte de adivinhar para saber se o teu amigo quer compaixão. Talvez em ti lhe agradem os olhos impassível e a contemplação da eternidade.
Que a tua compaixão com o amigo se dissimule sob uma dura casca, uma rude certeza.
Que se partam teus dentes ao morder essa compaixao.
Então ela terá finura e suavidade.
Serás tu para o teu amigo ar puro e solidao, pão e reconforto? Há quem não possa desatar as suas próprias correntes, mas para o amigo se tornou um libertador.
És escravo? Então não podes ser amigo.
És tirano? Então não podes ter amigos.
Há demasiado tempo que se ocultavam na mulher um escravo e um tirano. Por isso a mulher ainda não é capaz de amizade; apenas conhece o amor.
No amor da mulher há injustiça e cegueira para tudo quanto não ama.
E mesmo o amor iluminado da mulher, se oculta sempre, ao lado da luz, o relampago e a noite.
A mulher ainda não é capaz de amizade: as mulheres continuam sendo gatas e aves. Ou, melhor, vacas.
A mulher ainda não é capaz de amizade. Mas dizei-me vós homens: qual dentre vós é porventura capaz de amizade?
Ah, Pobre homens! que pobreza e avareza há em vossa alma!
Quando vós outros dais a vossos amigos eu quero dar também aos meus inimigos sem me tornar mais pobre por isso.
O companheirismo existe. Que a amizade possa renascer!”
Assim falava Zaratustra."
(Do amigo - Trecho de 'Assim falava Zaratustra', Nas palavras do Santo-Louco Nietzsche)
"Eu e Mim estão sempre em conversações incessantes. Como se poderia suportar isto se não houvesse um amigo?"
Para o solitário o amigo é sempre o terceiro; o terceiro é a bóia que impede o diálogo de se afundar nas profundezas.
Ai! Existem sempre demasiados abismos para todos os solitários. Por isso aspiram a um amigo E à sua altura.
A nossa fé nos outros revela aquilo que desejaríamos crer em nós mesmos.
O nosso desejo de um amigo é o nosso delator.
E frequentemente, a amizade, serve apenas para saltar por cima da inveja.
E frequentemente atacamos e criamos inimigos para ocultar que nós mesmos somos vulneráveis.
"Sê ao menos meu inimigo!" – Assim, fala o verdadeiro respeito, o que se não atreve a solicitar a amizade.
Se se quiser ter um amigo, é preciso também guerrear por ele; e para guerrear é preciso poder ser inimigo.
É preciso honrar no amigo próprio inimigo. Podes aproximar-te do teu amigo sem passar para o seu lado?
No amigo deve-se vislumbrar o melhor inimigo. Quando lhe resistes é quando entao mais te aproxima do seu coraçao.
Diante do teu amigo nao queres usar roupa alguma? Será que é em honra de teu amigo que te entregas a ele tal qual és? Pois é por isso que te manda para o demônio!
Aquele que se faz nenhum mistério de si, escandaliza. “Deveis temer a mudez! Sim; se fosseis deuses, então poderíeis einvergonhar-vos dos vossos vestidos”.
Nunca te adornarás demais para o teu amigo, porque deves ser para ele uma seta e também uma inspiraçao veemente em direção ao Além-Homem.
Já viste dormir o teu amigo para saberes como és? Qual é, então, a cara do teu amigo?
É a tua própria cara num espelho tosco e imperfeito.
Já viste dormir o teu amigo? Não te assombrou o seu aspecto? Ó! meu amigo; o homem deve ser superado!
O amigo deve ser mestre na adivinhação e no silêncio: não deves querer ver tudo. O teu sono deve revelar-te o que faz o teu amigo durante a vigília.
Que a sua compaixao seja uma arte de adivinhar para saber se o teu amigo quer compaixão. Talvez em ti lhe agradem os olhos impassível e a contemplação da eternidade.
Que a tua compaixão com o amigo se dissimule sob uma dura casca, uma rude certeza.
Que se partam teus dentes ao morder essa compaixao.
Então ela terá finura e suavidade.
Serás tu para o teu amigo ar puro e solidao, pão e reconforto? Há quem não possa desatar as suas próprias correntes, mas para o amigo se tornou um libertador.
És escravo? Então não podes ser amigo.
És tirano? Então não podes ter amigos.
Há demasiado tempo que se ocultavam na mulher um escravo e um tirano. Por isso a mulher ainda não é capaz de amizade; apenas conhece o amor.
No amor da mulher há injustiça e cegueira para tudo quanto não ama.
E mesmo o amor iluminado da mulher, se oculta sempre, ao lado da luz, o relampago e a noite.
A mulher ainda não é capaz de amizade: as mulheres continuam sendo gatas e aves. Ou, melhor, vacas.
A mulher ainda não é capaz de amizade. Mas dizei-me vós homens: qual dentre vós é porventura capaz de amizade?
Ah, Pobre homens! que pobreza e avareza há em vossa alma!
Quando vós outros dais a vossos amigos eu quero dar também aos meus inimigos sem me tornar mais pobre por isso.
O companheirismo existe. Que a amizade possa renascer!”
Assim falava Zaratustra."
(Do amigo - Trecho de 'Assim falava Zaratustra', Nas palavras do Santo-Louco Nietzsche)
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
A loucura.
A cura pela loucura?
A chegada ao extremo oposto.
A razao pela desrazao
O oposto Mais uma vez.
É bom poder encontrar o divino,
a divindade dentro de si E
se descobrir capaz de criar mundos E compartilhar universos.
Encontrar outros Deuses!
---
Ainda tentando encontrar uma maneira de abrir a porta um pouco mais devagar.
Por mais que a escancarez nao seja inimiga e uma hora cesse
como tudo.
mais devagar.
---
Deus das intensidades, abençoe estas almas urbanas
com tua força e potencia. As HaBite!
hAmén
A cura pela loucura?
A chegada ao extremo oposto.
A razao pela desrazao
O oposto Mais uma vez.
É bom poder encontrar o divino,
a divindade dentro de si E
se descobrir capaz de criar mundos E compartilhar universos.
Encontrar outros Deuses!
---
Ainda tentando encontrar uma maneira de abrir a porta um pouco mais devagar.
Por mais que a escancarez nao seja inimiga e uma hora cesse
como tudo.
mais devagar.
---
Deus das intensidades, abençoe estas almas urbanas
com tua força e potencia. As HaBite!
hAmén
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Poesia
Nao acontece se nao se compartilha.
Até mesmo a poesia pra si, dentro de si
só existe se
aqui tem mais alguem pra rir ou chorar
seja comigo ou nao.
assim...
"talvez, o concreto esteja desmoronando
Allan diz (17:51):
e vou substituir por uma cerquinha baixa de madeira
gabi · diz (17:51):
hunrun!"
foda, não? e nem é concreto..
apenas afeto sendo compartilhado e sentido.
mesmo que a distancia!
Nao acontece se nao se compartilha.
Até mesmo a poesia pra si, dentro de si
só existe se
aqui tem mais alguem pra rir ou chorar
seja comigo ou nao.
assim...
"talvez, o concreto esteja desmoronando
Allan diz (17:51):
e vou substituir por uma cerquinha baixa de madeira
gabi · diz (17:51):
hunrun!"
foda, não? e nem é concreto..
apenas afeto sendo compartilhado e sentido.
mesmo que a distancia!
sábado, 30 de outubro de 2010
Reconhecer e falar da própria solidão,
além de as vezes piegas e exageradamente melancólico,
é ótimo pras coisas simplesmente serem
e serem outras coisas.
é preciso reconhecer também a alegria de viver.
mesmo reconhecendo também o risco de ser piegas
e bobo.
As coisas sao sozinhas e também nao as são.
deus abençoe o movimento.
amém.
além de as vezes piegas e exageradamente melancólico,
é ótimo pras coisas simplesmente serem
e serem outras coisas.
é preciso reconhecer também a alegria de viver.
mesmo reconhecendo também o risco de ser piegas
e bobo.
As coisas sao sozinhas e também nao as são.
deus abençoe o movimento.
amém.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Antes era a espera
a angustia da espera
incerteza
Mas ainda assim a espera
ela era preenchimento
ocupava
bem ou mal
ocupava
Agora é certo
ninguem vai ligar
não tem espera
não tem
só eu meus todos eus
juntos com todos os seus
vazios
todos seus
de mais ninguem
ninguem
eus
meus
sós
somos
só
sem somar
Bom dia!
Só lí dãos.
Olá mundo virtual de imagens vazias e animadas.
=)
a angustia da espera
incerteza
Mas ainda assim a espera
ela era preenchimento
ocupava
bem ou mal
ocupava
Agora é certo
ninguem vai ligar
não tem espera
não tem
só eu meus todos eus
juntos com todos os seus
vazios
todos seus
de mais ninguem
ninguem
eus
meus
sós
somos
só
sem somar
Bom dia!
Só lí dãos.
Olá mundo virtual de imagens vazias e animadas.
=)
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
"Prefiro as máquinas que servem para não funcionar:
quando cheias de areia de formiga e musgo - elas
podem um dia milagrar de flores.
(Os objetos sem função têm muito apego pelo abandono.)
Também as latrinas desprezadas que servem para ter
grilos dentro - elas podem um dia milagrar violetas.
(Eu sou beato em violetas.)
Todas as coisas apropriadas ao abandono me religam a Deus.
Senhor, eu tenho orgulho do imprestável!
(O abandono me protege.)"
(Manoel de Barros)
(fotos: Salvador -BA)
terça-feira, 19 de outubro de 2010
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
da incompletude?
As vezes eu acho que uma pessoa que não se sente só definitivamente não escreve.
É necessaria uma 'certa' solidão pra escrita?
Assim os outros 'eus' podem povoar as letras?
dialogar e fazer companhia?
quanta dúvida... será que alguém me responde?
ola?
-----
Definitivamente a completude nao me pertence.
não sei se ela de fato pertence alguem que nao em ilusao.
O que nos pertence é uma incompletude, talvez condizente a condição humana.
Esta tambem sendo uma ilusao, mas uma ilusao que deve ser vivida afirmativamente, pois tentar fugir dela seria desejar pra sempre o paraíso inexistente. viver um nada.
Um ser vivente que passa sua incompletude desejando a completude é um eterno frustrado. um ser vivente que acha que achou a completude habita um nada impotente e improdutivo. estático. paralítico.
Talvez em alguns momentos sejamos inebriados perversamente por essa ilusao passiva e coitada. desejamos sim, aprendemos a canalizar o desejo pra impotencia, pro vazio, pra castraçao. pra paixao triste.
Aceitar-se só, mesmo quando muitos sós sao sois juntos, quando podem se iluminar e talvez fazer um coletivo de sós. ressonantes e ressoantes. cantores líricos quase.
que a incompletude possa ser afirmativa, potente, criadora e acima de tudo completa.
É necessaria uma 'certa' solidão pra escrita?
Assim os outros 'eus' podem povoar as letras?
dialogar e fazer companhia?
quanta dúvida... será que alguém me responde?
ola?
-----
Definitivamente a completude nao me pertence.
não sei se ela de fato pertence alguem que nao em ilusao.
O que nos pertence é uma incompletude, talvez condizente a condição humana.
Esta tambem sendo uma ilusao, mas uma ilusao que deve ser vivida afirmativamente, pois tentar fugir dela seria desejar pra sempre o paraíso inexistente. viver um nada.
Um ser vivente que passa sua incompletude desejando a completude é um eterno frustrado. um ser vivente que acha que achou a completude habita um nada impotente e improdutivo. estático. paralítico.
Talvez em alguns momentos sejamos inebriados perversamente por essa ilusao passiva e coitada. desejamos sim, aprendemos a canalizar o desejo pra impotencia, pro vazio, pra castraçao. pra paixao triste.
Aceitar-se só, mesmo quando muitos sós sao sois juntos, quando podem se iluminar e talvez fazer um coletivo de sós. ressonantes e ressoantes. cantores líricos quase.
que a incompletude possa ser afirmativa, potente, criadora e acima de tudo completa.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
lágrimas de um vagao
Cedo, com os olhos ainda remelentos.
Segue o frio amigo, a chuva fosca.
entro nos vagoes silenciosos, cinzas, desbotados e estridentes.
Já nao é a primeira vez que vejo esses olhos.
uma fala só
sem som sai.
é estranho como um ar frio percorre minha alma e, ainda, corroi.
sinto um principio de dor do mundo, de dor da vida, do existir
dificil.
penso na infancia triste, o suburbio, o isolamento, a solidao
pode ser uma fonte inesgotável.
Nem sei se é minha ou se é sua.
Sei que seus olhos atravessam mais uma vez o vazio ao lado da
minha nuca. sobre meus ombros.
quem compraria um doce? quem daria uma palavra doce.
eu mesmo pouco tenho coragem. quase sempre.
sei que uma lágrima acida e corrosiva continua por dentro.
permanece. permanece.
desejo nao te encontrar mais.
Espero nao te ver mais com esses olhos.
Isso doi estranho.
Condiçao miserável a nossa, as vezes.
Por isso a frase ecoa em meus ouvidos de dentro:
"tem vezes que exaltar a alegria parece uma insensatez, de tão
longe. de tanta tristeza que parece nao cessar."
mais uma vez esses olhos. esse olhar.
uma lágrima em forma de nausea de cidade cinza.
tudo é impessoal. nada é sozinho. adeus
Segue o frio amigo, a chuva fosca.
entro nos vagoes silenciosos, cinzas, desbotados e estridentes.
Já nao é a primeira vez que vejo esses olhos.
uma fala só
sem som sai.
é estranho como um ar frio percorre minha alma e, ainda, corroi.
sinto um principio de dor do mundo, de dor da vida, do existir
dificil.
penso na infancia triste, o suburbio, o isolamento, a solidao
pode ser uma fonte inesgotável.
Nem sei se é minha ou se é sua.
Sei que seus olhos atravessam mais uma vez o vazio ao lado da
minha nuca. sobre meus ombros.
quem compraria um doce? quem daria uma palavra doce.
eu mesmo pouco tenho coragem. quase sempre.
sei que uma lágrima acida e corrosiva continua por dentro.
permanece. permanece.
desejo nao te encontrar mais.
Espero nao te ver mais com esses olhos.
Isso doi estranho.
Condiçao miserável a nossa, as vezes.
Por isso a frase ecoa em meus ouvidos de dentro:
"tem vezes que exaltar a alegria parece uma insensatez, de tão
longe. de tanta tristeza que parece nao cessar."
mais uma vez esses olhos. esse olhar.
uma lágrima em forma de nausea de cidade cinza.
tudo é impessoal. nada é sozinho. adeus
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Coisas que nao devem faltar em relacionamentos:
Sexo.
(sei que pode soar machista, mas pelo menos é um dos principais indicadores de que um relacionamento "jovem" nao vai bem.
Além disso, é uma exigencia efemera. Pelo menos enquanto minhas funçoes vitais estiverem BOAS e hormonios inundarem meu sangue!
E NÃO, nao é o principal! mas nao pode faltar!)
(sei que pode soar machista, mas pelo menos é um dos principais indicadores de que um relacionamento "jovem" nao vai bem.
Além disso, é uma exigencia efemera. Pelo menos enquanto minhas funçoes vitais estiverem BOAS e hormonios inundarem meu sangue!
E NÃO, nao é o principal! mas nao pode faltar!)
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Ma digestao (ou refeiçao remoida)
Sentei pra almoçar com um estranho.
Não tinha mais lugar sem estranhos.
apenas lugares com outros estranhos ou levemente conhecidos.
Mas nao meus.
Este era mais um desses.
Pedi licença,
(licença pra que?)
Ele concedeu.
(pra quem?)
Sentei, enquanto nao chegava meu numero.
Chegou o dele.
Pegou sua refeiçao.
Comeu.
Sabia que nunca o vira.
Nem tao pouco o veria novamente.
Ele acabou sua refeiçao.
Saiu.
A minha chegou.
Comi.
Outros estranhos sentaram em minha mesa.
Aguardaram outra mesa.
Outra mesa chegou. Sairam.
Mais estranhos se sentaram.
O meu apetite foi satisfeito.
Acabei.
Levantei. Não olhei pra tras.
Nunca mais vi nenhum dos estranhos.
Nenhum deles jamais me verá.
Tudo isso é normal.
Porém levemente desconfortável. acho.
(arroto o desconforto
de nao conseguir fazer diferente.)
Não tinha mais lugar sem estranhos.
apenas lugares com outros estranhos ou levemente conhecidos.
Mas nao meus.
Este era mais um desses.
Pedi licença,
(licença pra que?)
Ele concedeu.
(pra quem?)
Sentei, enquanto nao chegava meu numero.
Chegou o dele.
Pegou sua refeiçao.
Comeu.
Sabia que nunca o vira.
Nem tao pouco o veria novamente.
Ele acabou sua refeiçao.
Saiu.
A minha chegou.
Comi.
Outros estranhos sentaram em minha mesa.
Aguardaram outra mesa.
Outra mesa chegou. Sairam.
Mais estranhos se sentaram.
O meu apetite foi satisfeito.
Acabei.
Levantei. Não olhei pra tras.
Nunca mais vi nenhum dos estranhos.
Nenhum deles jamais me verá.
Tudo isso é normal.
Porém levemente desconfortável. acho.
(arroto o desconforto
de nao conseguir fazer diferente.)
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Odeio tantas vezes, como agora, a forma que o tempo é subjetivo.
Dias parecendo semanas. semanas solitárias.
semanas de febre, dor, incomodo.
Sinceramente nao gosto de catarsear por aqui, essa coisa lamuriosa e chata.
Mas infelizmente nao tenho tido outra ideia genial de catarse.
Nao da pra ler direito, nao da pra assistir filmes, nao se tem amigos pra conversar, pra olhar nos olhos.
Nem nada muito produtivo tem vindo como ideias alem das mórbidas e de fuga.
Por que o mundo fica tao longe do meu quarto?
Se pelo menos fosse da febre delirante. mas é daquela que vem só pra prostrar e paralizar.
inferno.
Dias parecendo semanas. semanas solitárias.
semanas de febre, dor, incomodo.
Sinceramente nao gosto de catarsear por aqui, essa coisa lamuriosa e chata.
Mas infelizmente nao tenho tido outra ideia genial de catarse.
Nao da pra ler direito, nao da pra assistir filmes, nao se tem amigos pra conversar, pra olhar nos olhos.
Nem nada muito produtivo tem vindo como ideias alem das mórbidas e de fuga.
Por que o mundo fica tao longe do meu quarto?
Se pelo menos fosse da febre delirante. mas é daquela que vem só pra prostrar e paralizar.
inferno.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
É muito impressionante como a nossa historia fica forte quando nao estamos juntos.
Em pensar que estava só do seu lado. Agora estou só e com infinitas e importantes lembranças.
As vezes chego a pensar que deveria estar ao seu lado pra poder esquecer.
Nao sei se funcionaria ou se seria mais um ciclo de evitaçao de enfrentar inevitáveis conjunturas, situaçoes, sensaçoes, sentimentos, saudades, faltas, presenças, desejos, espelhos, sim, nao, duvidas, enfins, vai saber?
Mais uma vez o "esquecer de esquecer".
mais uma vez...
Em pensar que estava só do seu lado. Agora estou só e com infinitas e importantes lembranças.
As vezes chego a pensar que deveria estar ao seu lado pra poder esquecer.
Nao sei se funcionaria ou se seria mais um ciclo de evitaçao de enfrentar inevitáveis conjunturas, situaçoes, sensaçoes, sentimentos, saudades, faltas, presenças, desejos, espelhos, sim, nao, duvidas, enfins, vai saber?
Mais uma vez o "esquecer de esquecer".
mais uma vez...
terça-feira, 17 de agosto de 2010
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Em busca da Ilha (deserta)? - I
Li certa vez que existem dois tipos de ilhas: as continentais e as oceanicas.
As continentais sao formadas a partir de fraturas, alagamentos, rompimentos desses pedaços com o continente.
As oceanicas, por sua vez, sao formadas de erupçoes, que se transformam em corais e eventualmente em ilhas.
Por sua vez dois novos territórios, desérticos agora, sao feitos ilhas.
Uma partenogenese. Um ovo nasce da terra/agua.
Todo esse processo, pra ter sentido, precisa de um observador ou desejante pretendente a habitante.
Toda mitologia, fantasia, começa. re-começa. um segundo nascimento da terra é possivel para o homem.
um segundo renascer do homem é possivel para a terra?
ou ela continuará desértica aguardando o seu re-nascer?
na pior das hipóteses, tudo terminaria como mais um simulacro, re-petiçao?
(mas repetiçao seria de fato uma repetiçao, ou seria quando realmente tudo ganharia sentido possivel?
Daí concursa-se à diferença?
Essa inapreensível?)
As continentais sao formadas a partir de fraturas, alagamentos, rompimentos desses pedaços com o continente.
As oceanicas, por sua vez, sao formadas de erupçoes, que se transformam em corais e eventualmente em ilhas.
Por sua vez dois novos territórios, desérticos agora, sao feitos ilhas.
Uma partenogenese. Um ovo nasce da terra/agua.
Todo esse processo, pra ter sentido, precisa de um observador ou desejante pretendente a habitante.
Toda mitologia, fantasia, começa. re-começa. um segundo nascimento da terra é possivel para o homem.
um segundo renascer do homem é possivel para a terra?
ou ela continuará desértica aguardando o seu re-nascer?
na pior das hipóteses, tudo terminaria como mais um simulacro, re-petiçao?
(mas repetiçao seria de fato uma repetiçao, ou seria quando realmente tudo ganharia sentido possivel?
Daí concursa-se à diferença?
Essa inapreensível?)
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Eis que um belo dia o jovem acorda.
Olha as coisas um pouco diferentes, diziam que não há soluçao.
Muitos diziam.
Ele quase acreditou.
Mas esse era um dia muito determinado e determinante.
Ele nao podia fingir que seria diferente.
A ideia que ao dormir parecia um tanto quanto lunática, ao acordar parecia
a unica soluçao como o raiar do sol.
Chegou na cozinha, procurou a todos.
Nao achou.
Mas uma vez fez nexo, era dia dos pais!
Tudo caminha. Ele mais uma vez entende a importancia.
Entao lembra de ir a casa de seu avô, que morava algumas quadras de sua casa.
Lembra que a família inequívocamente se reunia la nesse tipo de datas.
Por uma força magnética inexplicável. Era toda santa data.
Essa nao seria diferente. Talvez fosse mais santa que as outras ou mais pagã.
Ele chega.
Todos estao na mesa, compartilhando belamente o almoço preparado com tanto zelo.
Ninguem briga pela comida, todos se preocupam em partilhar.
Nao igualmente, mas de acordo com a necessidade de cada um, pra que nao houvesse chance da falta surgir.
Ele mais uma vez entendia tudo. Tudo como pensara e como ia ser.
Chega na cozinha, comprimenta uma prima e vai para a gaveta.
pega uma faca de peixe. Era peixe o prato principal, como nao seria?
Na sala todos olham com sorrisos para ele, finalmente chegara.
Quase acharam que nao ia, mas sabiam que ele nao faltaria.
Primeiro o avô. arranca seu olho com a faca.
Todos olham imóveis, nao há grito.
Logo em seguida a jugular.
Um por um espera a sua hora com uma imóvel paciencia mista de extase.
Um por um. Primos e primos, tios e tias, mae e pai.
Depois de ter terminado sua tarefa, fecha os olhos e crava a faca certeiramente em seu peito.
Como ensaiara tantas vezes antes do Dia.
Com um ultimo suspiro, Tira a carta do bolso e coloca na ponta da mesa perto do Patriarca da família, com o simples escrito cunhado a ouro e sangue:
"Por um Mundo melhor"
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