...chegamos mais uma vez na estranha parte da espiral histórica
em que amar, especialmente sem razao,
vira uma estranhissima subversao.
Uma merda, nao?
(talvez rimar também volte a ser...)
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
terça-feira, 30 de novembro de 2010
(mais uma vez) Um legítimo encontro, vulgo Amor
? Um legítimo encontro se dá
quando fazer bem ao outro é
fazer bem a si
E quando fazer bem a si
é fazer bem ao outro.
Talvez poderiamos chamar
vulgarmente isso
de
Amor!
(Eu amo o mundo!)
quando fazer bem ao outro é
fazer bem a si
E quando fazer bem a si
é fazer bem ao outro.
Talvez poderiamos chamar
vulgarmente isso
de
Amor!
(Eu amo o mundo!)
domingo, 7 de novembro de 2010
Do Amigo
"Junto de mim sempre há alguém em demasia - assim pensa o solitário. Com o decorrer do tempo, Um sempre acaba por fazer dois!"
"Eu e Mim estão sempre em conversações incessantes. Como se poderia suportar isto se não houvesse um amigo?"
Para o solitário o amigo é sempre o terceiro; o terceiro é a bóia que impede o diálogo de se afundar nas profundezas.
Ai! Existem sempre demasiados abismos para todos os solitários. Por isso aspiram a um amigo E à sua altura.
A nossa fé nos outros revela aquilo que desejaríamos crer em nós mesmos.
O nosso desejo de um amigo é o nosso delator.
E frequentemente, a amizade, serve apenas para saltar por cima da inveja.
E frequentemente atacamos e criamos inimigos para ocultar que nós mesmos somos vulneráveis.
"Sê ao menos meu inimigo!" – Assim, fala o verdadeiro respeito, o que se não atreve a solicitar a amizade.
Se se quiser ter um amigo, é preciso também guerrear por ele; e para guerrear é preciso poder ser inimigo.
É preciso honrar no amigo próprio inimigo. Podes aproximar-te do teu amigo sem passar para o seu lado?
No amigo deve-se vislumbrar o melhor inimigo. Quando lhe resistes é quando entao mais te aproxima do seu coraçao.
Diante do teu amigo nao queres usar roupa alguma? Será que é em honra de teu amigo que te entregas a ele tal qual és? Pois é por isso que te manda para o demônio!
Aquele que se faz nenhum mistério de si, escandaliza. “Deveis temer a mudez! Sim; se fosseis deuses, então poderíeis einvergonhar-vos dos vossos vestidos”.
Nunca te adornarás demais para o teu amigo, porque deves ser para ele uma seta e também uma inspiraçao veemente em direção ao Além-Homem.
Já viste dormir o teu amigo para saberes como és? Qual é, então, a cara do teu amigo?
É a tua própria cara num espelho tosco e imperfeito.
Já viste dormir o teu amigo? Não te assombrou o seu aspecto? Ó! meu amigo; o homem deve ser superado!
O amigo deve ser mestre na adivinhação e no silêncio: não deves querer ver tudo. O teu sono deve revelar-te o que faz o teu amigo durante a vigília.
Que a sua compaixao seja uma arte de adivinhar para saber se o teu amigo quer compaixão. Talvez em ti lhe agradem os olhos impassível e a contemplação da eternidade.
Que a tua compaixão com o amigo se dissimule sob uma dura casca, uma rude certeza.
Que se partam teus dentes ao morder essa compaixao.
Então ela terá finura e suavidade.
Serás tu para o teu amigo ar puro e solidao, pão e reconforto? Há quem não possa desatar as suas próprias correntes, mas para o amigo se tornou um libertador.
És escravo? Então não podes ser amigo.
És tirano? Então não podes ter amigos.
Há demasiado tempo que se ocultavam na mulher um escravo e um tirano. Por isso a mulher ainda não é capaz de amizade; apenas conhece o amor.
No amor da mulher há injustiça e cegueira para tudo quanto não ama.
E mesmo o amor iluminado da mulher, se oculta sempre, ao lado da luz, o relampago e a noite.
A mulher ainda não é capaz de amizade: as mulheres continuam sendo gatas e aves. Ou, melhor, vacas.
A mulher ainda não é capaz de amizade. Mas dizei-me vós homens: qual dentre vós é porventura capaz de amizade?
Ah, Pobre homens! que pobreza e avareza há em vossa alma!
Quando vós outros dais a vossos amigos eu quero dar também aos meus inimigos sem me tornar mais pobre por isso.
O companheirismo existe. Que a amizade possa renascer!”
Assim falava Zaratustra."
(Do amigo - Trecho de 'Assim falava Zaratustra', Nas palavras do Santo-Louco Nietzsche)
"Eu e Mim estão sempre em conversações incessantes. Como se poderia suportar isto se não houvesse um amigo?"
Para o solitário o amigo é sempre o terceiro; o terceiro é a bóia que impede o diálogo de se afundar nas profundezas.
Ai! Existem sempre demasiados abismos para todos os solitários. Por isso aspiram a um amigo E à sua altura.
A nossa fé nos outros revela aquilo que desejaríamos crer em nós mesmos.
O nosso desejo de um amigo é o nosso delator.
E frequentemente, a amizade, serve apenas para saltar por cima da inveja.
E frequentemente atacamos e criamos inimigos para ocultar que nós mesmos somos vulneráveis.
"Sê ao menos meu inimigo!" – Assim, fala o verdadeiro respeito, o que se não atreve a solicitar a amizade.
Se se quiser ter um amigo, é preciso também guerrear por ele; e para guerrear é preciso poder ser inimigo.
É preciso honrar no amigo próprio inimigo. Podes aproximar-te do teu amigo sem passar para o seu lado?
No amigo deve-se vislumbrar o melhor inimigo. Quando lhe resistes é quando entao mais te aproxima do seu coraçao.
Diante do teu amigo nao queres usar roupa alguma? Será que é em honra de teu amigo que te entregas a ele tal qual és? Pois é por isso que te manda para o demônio!
Aquele que se faz nenhum mistério de si, escandaliza. “Deveis temer a mudez! Sim; se fosseis deuses, então poderíeis einvergonhar-vos dos vossos vestidos”.
Nunca te adornarás demais para o teu amigo, porque deves ser para ele uma seta e também uma inspiraçao veemente em direção ao Além-Homem.
Já viste dormir o teu amigo para saberes como és? Qual é, então, a cara do teu amigo?
É a tua própria cara num espelho tosco e imperfeito.
Já viste dormir o teu amigo? Não te assombrou o seu aspecto? Ó! meu amigo; o homem deve ser superado!
O amigo deve ser mestre na adivinhação e no silêncio: não deves querer ver tudo. O teu sono deve revelar-te o que faz o teu amigo durante a vigília.
Que a sua compaixao seja uma arte de adivinhar para saber se o teu amigo quer compaixão. Talvez em ti lhe agradem os olhos impassível e a contemplação da eternidade.
Que a tua compaixão com o amigo se dissimule sob uma dura casca, uma rude certeza.
Que se partam teus dentes ao morder essa compaixao.
Então ela terá finura e suavidade.
Serás tu para o teu amigo ar puro e solidao, pão e reconforto? Há quem não possa desatar as suas próprias correntes, mas para o amigo se tornou um libertador.
És escravo? Então não podes ser amigo.
És tirano? Então não podes ter amigos.
Há demasiado tempo que se ocultavam na mulher um escravo e um tirano. Por isso a mulher ainda não é capaz de amizade; apenas conhece o amor.
No amor da mulher há injustiça e cegueira para tudo quanto não ama.
E mesmo o amor iluminado da mulher, se oculta sempre, ao lado da luz, o relampago e a noite.
A mulher ainda não é capaz de amizade: as mulheres continuam sendo gatas e aves. Ou, melhor, vacas.
A mulher ainda não é capaz de amizade. Mas dizei-me vós homens: qual dentre vós é porventura capaz de amizade?
Ah, Pobre homens! que pobreza e avareza há em vossa alma!
Quando vós outros dais a vossos amigos eu quero dar também aos meus inimigos sem me tornar mais pobre por isso.
O companheirismo existe. Que a amizade possa renascer!”
Assim falava Zaratustra."
(Do amigo - Trecho de 'Assim falava Zaratustra', Nas palavras do Santo-Louco Nietzsche)
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
A loucura.
A cura pela loucura?
A chegada ao extremo oposto.
A razao pela desrazao
O oposto Mais uma vez.
É bom poder encontrar o divino,
a divindade dentro de si E
se descobrir capaz de criar mundos E compartilhar universos.
Encontrar outros Deuses!
---
Ainda tentando encontrar uma maneira de abrir a porta um pouco mais devagar.
Por mais que a escancarez nao seja inimiga e uma hora cesse
como tudo.
mais devagar.
---
Deus das intensidades, abençoe estas almas urbanas
com tua força e potencia. As HaBite!
hAmén
A cura pela loucura?
A chegada ao extremo oposto.
A razao pela desrazao
O oposto Mais uma vez.
É bom poder encontrar o divino,
a divindade dentro de si E
se descobrir capaz de criar mundos E compartilhar universos.
Encontrar outros Deuses!
---
Ainda tentando encontrar uma maneira de abrir a porta um pouco mais devagar.
Por mais que a escancarez nao seja inimiga e uma hora cesse
como tudo.
mais devagar.
---
Deus das intensidades, abençoe estas almas urbanas
com tua força e potencia. As HaBite!
hAmén
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Poesia
Nao acontece se nao se compartilha.
Até mesmo a poesia pra si, dentro de si
só existe se
aqui tem mais alguem pra rir ou chorar
seja comigo ou nao.
assim...
"talvez, o concreto esteja desmoronando
Allan diz (17:51):
e vou substituir por uma cerquinha baixa de madeira
gabi · diz (17:51):
hunrun!"
foda, não? e nem é concreto..
apenas afeto sendo compartilhado e sentido.
mesmo que a distancia!
Nao acontece se nao se compartilha.
Até mesmo a poesia pra si, dentro de si
só existe se
aqui tem mais alguem pra rir ou chorar
seja comigo ou nao.
assim...
"talvez, o concreto esteja desmoronando
Allan diz (17:51):
e vou substituir por uma cerquinha baixa de madeira
gabi · diz (17:51):
hunrun!"
foda, não? e nem é concreto..
apenas afeto sendo compartilhado e sentido.
mesmo que a distancia!
sábado, 30 de outubro de 2010
Reconhecer e falar da própria solidão,
além de as vezes piegas e exageradamente melancólico,
é ótimo pras coisas simplesmente serem
e serem outras coisas.
é preciso reconhecer também a alegria de viver.
mesmo reconhecendo também o risco de ser piegas
e bobo.
As coisas sao sozinhas e também nao as são.
deus abençoe o movimento.
amém.
além de as vezes piegas e exageradamente melancólico,
é ótimo pras coisas simplesmente serem
e serem outras coisas.
é preciso reconhecer também a alegria de viver.
mesmo reconhecendo também o risco de ser piegas
e bobo.
As coisas sao sozinhas e também nao as são.
deus abençoe o movimento.
amém.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Antes era a espera
a angustia da espera
incerteza
Mas ainda assim a espera
ela era preenchimento
ocupava
bem ou mal
ocupava
Agora é certo
ninguem vai ligar
não tem espera
não tem
só eu meus todos eus
juntos com todos os seus
vazios
todos seus
de mais ninguem
ninguem
eus
meus
sós
somos
só
sem somar
Bom dia!
Só lí dãos.
Olá mundo virtual de imagens vazias e animadas.
=)
a angustia da espera
incerteza
Mas ainda assim a espera
ela era preenchimento
ocupava
bem ou mal
ocupava
Agora é certo
ninguem vai ligar
não tem espera
não tem
só eu meus todos eus
juntos com todos os seus
vazios
todos seus
de mais ninguem
ninguem
eus
meus
sós
somos
só
sem somar
Bom dia!
Só lí dãos.
Olá mundo virtual de imagens vazias e animadas.
=)
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
"Prefiro as máquinas que servem para não funcionar:
quando cheias de areia de formiga e musgo - elas
podem um dia milagrar de flores.
(Os objetos sem função têm muito apego pelo abandono.)
Também as latrinas desprezadas que servem para ter
grilos dentro - elas podem um dia milagrar violetas.
(Eu sou beato em violetas.)
Todas as coisas apropriadas ao abandono me religam a Deus.
Senhor, eu tenho orgulho do imprestável!
(O abandono me protege.)"
(Manoel de Barros)
(fotos: Salvador -BA)
terça-feira, 19 de outubro de 2010
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
da incompletude?
As vezes eu acho que uma pessoa que não se sente só definitivamente não escreve.
É necessaria uma 'certa' solidão pra escrita?
Assim os outros 'eus' podem povoar as letras?
dialogar e fazer companhia?
quanta dúvida... será que alguém me responde?
ola?
-----
Definitivamente a completude nao me pertence.
não sei se ela de fato pertence alguem que nao em ilusao.
O que nos pertence é uma incompletude, talvez condizente a condição humana.
Esta tambem sendo uma ilusao, mas uma ilusao que deve ser vivida afirmativamente, pois tentar fugir dela seria desejar pra sempre o paraíso inexistente. viver um nada.
Um ser vivente que passa sua incompletude desejando a completude é um eterno frustrado. um ser vivente que acha que achou a completude habita um nada impotente e improdutivo. estático. paralítico.
Talvez em alguns momentos sejamos inebriados perversamente por essa ilusao passiva e coitada. desejamos sim, aprendemos a canalizar o desejo pra impotencia, pro vazio, pra castraçao. pra paixao triste.
Aceitar-se só, mesmo quando muitos sós sao sois juntos, quando podem se iluminar e talvez fazer um coletivo de sós. ressonantes e ressoantes. cantores líricos quase.
que a incompletude possa ser afirmativa, potente, criadora e acima de tudo completa.
É necessaria uma 'certa' solidão pra escrita?
Assim os outros 'eus' podem povoar as letras?
dialogar e fazer companhia?
quanta dúvida... será que alguém me responde?
ola?
-----
Definitivamente a completude nao me pertence.
não sei se ela de fato pertence alguem que nao em ilusao.
O que nos pertence é uma incompletude, talvez condizente a condição humana.
Esta tambem sendo uma ilusao, mas uma ilusao que deve ser vivida afirmativamente, pois tentar fugir dela seria desejar pra sempre o paraíso inexistente. viver um nada.
Um ser vivente que passa sua incompletude desejando a completude é um eterno frustrado. um ser vivente que acha que achou a completude habita um nada impotente e improdutivo. estático. paralítico.
Talvez em alguns momentos sejamos inebriados perversamente por essa ilusao passiva e coitada. desejamos sim, aprendemos a canalizar o desejo pra impotencia, pro vazio, pra castraçao. pra paixao triste.
Aceitar-se só, mesmo quando muitos sós sao sois juntos, quando podem se iluminar e talvez fazer um coletivo de sós. ressonantes e ressoantes. cantores líricos quase.
que a incompletude possa ser afirmativa, potente, criadora e acima de tudo completa.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
lágrimas de um vagao
Cedo, com os olhos ainda remelentos.
Segue o frio amigo, a chuva fosca.
entro nos vagoes silenciosos, cinzas, desbotados e estridentes.
Já nao é a primeira vez que vejo esses olhos.
uma fala só
sem som sai.
é estranho como um ar frio percorre minha alma e, ainda, corroi.
sinto um principio de dor do mundo, de dor da vida, do existir
dificil.
penso na infancia triste, o suburbio, o isolamento, a solidao
pode ser uma fonte inesgotável.
Nem sei se é minha ou se é sua.
Sei que seus olhos atravessam mais uma vez o vazio ao lado da
minha nuca. sobre meus ombros.
quem compraria um doce? quem daria uma palavra doce.
eu mesmo pouco tenho coragem. quase sempre.
sei que uma lágrima acida e corrosiva continua por dentro.
permanece. permanece.
desejo nao te encontrar mais.
Espero nao te ver mais com esses olhos.
Isso doi estranho.
Condiçao miserável a nossa, as vezes.
Por isso a frase ecoa em meus ouvidos de dentro:
"tem vezes que exaltar a alegria parece uma insensatez, de tão
longe. de tanta tristeza que parece nao cessar."
mais uma vez esses olhos. esse olhar.
uma lágrima em forma de nausea de cidade cinza.
tudo é impessoal. nada é sozinho. adeus
Segue o frio amigo, a chuva fosca.
entro nos vagoes silenciosos, cinzas, desbotados e estridentes.
Já nao é a primeira vez que vejo esses olhos.
uma fala só
sem som sai.
é estranho como um ar frio percorre minha alma e, ainda, corroi.
sinto um principio de dor do mundo, de dor da vida, do existir
dificil.
penso na infancia triste, o suburbio, o isolamento, a solidao
pode ser uma fonte inesgotável.
Nem sei se é minha ou se é sua.
Sei que seus olhos atravessam mais uma vez o vazio ao lado da
minha nuca. sobre meus ombros.
quem compraria um doce? quem daria uma palavra doce.
eu mesmo pouco tenho coragem. quase sempre.
sei que uma lágrima acida e corrosiva continua por dentro.
permanece. permanece.
desejo nao te encontrar mais.
Espero nao te ver mais com esses olhos.
Isso doi estranho.
Condiçao miserável a nossa, as vezes.
Por isso a frase ecoa em meus ouvidos de dentro:
"tem vezes que exaltar a alegria parece uma insensatez, de tão
longe. de tanta tristeza que parece nao cessar."
mais uma vez esses olhos. esse olhar.
uma lágrima em forma de nausea de cidade cinza.
tudo é impessoal. nada é sozinho. adeus
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Coisas que nao devem faltar em relacionamentos:
Sexo.
(sei que pode soar machista, mas pelo menos é um dos principais indicadores de que um relacionamento "jovem" nao vai bem.
Além disso, é uma exigencia efemera. Pelo menos enquanto minhas funçoes vitais estiverem BOAS e hormonios inundarem meu sangue!
E NÃO, nao é o principal! mas nao pode faltar!)
(sei que pode soar machista, mas pelo menos é um dos principais indicadores de que um relacionamento "jovem" nao vai bem.
Além disso, é uma exigencia efemera. Pelo menos enquanto minhas funçoes vitais estiverem BOAS e hormonios inundarem meu sangue!
E NÃO, nao é o principal! mas nao pode faltar!)
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Ma digestao (ou refeiçao remoida)
Sentei pra almoçar com um estranho.
Não tinha mais lugar sem estranhos.
apenas lugares com outros estranhos ou levemente conhecidos.
Mas nao meus.
Este era mais um desses.
Pedi licença,
(licença pra que?)
Ele concedeu.
(pra quem?)
Sentei, enquanto nao chegava meu numero.
Chegou o dele.
Pegou sua refeiçao.
Comeu.
Sabia que nunca o vira.
Nem tao pouco o veria novamente.
Ele acabou sua refeiçao.
Saiu.
A minha chegou.
Comi.
Outros estranhos sentaram em minha mesa.
Aguardaram outra mesa.
Outra mesa chegou. Sairam.
Mais estranhos se sentaram.
O meu apetite foi satisfeito.
Acabei.
Levantei. Não olhei pra tras.
Nunca mais vi nenhum dos estranhos.
Nenhum deles jamais me verá.
Tudo isso é normal.
Porém levemente desconfortável. acho.
(arroto o desconforto
de nao conseguir fazer diferente.)
Não tinha mais lugar sem estranhos.
apenas lugares com outros estranhos ou levemente conhecidos.
Mas nao meus.
Este era mais um desses.
Pedi licença,
(licença pra que?)
Ele concedeu.
(pra quem?)
Sentei, enquanto nao chegava meu numero.
Chegou o dele.
Pegou sua refeiçao.
Comeu.
Sabia que nunca o vira.
Nem tao pouco o veria novamente.
Ele acabou sua refeiçao.
Saiu.
A minha chegou.
Comi.
Outros estranhos sentaram em minha mesa.
Aguardaram outra mesa.
Outra mesa chegou. Sairam.
Mais estranhos se sentaram.
O meu apetite foi satisfeito.
Acabei.
Levantei. Não olhei pra tras.
Nunca mais vi nenhum dos estranhos.
Nenhum deles jamais me verá.
Tudo isso é normal.
Porém levemente desconfortável. acho.
(arroto o desconforto
de nao conseguir fazer diferente.)
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Odeio tantas vezes, como agora, a forma que o tempo é subjetivo.
Dias parecendo semanas. semanas solitárias.
semanas de febre, dor, incomodo.
Sinceramente nao gosto de catarsear por aqui, essa coisa lamuriosa e chata.
Mas infelizmente nao tenho tido outra ideia genial de catarse.
Nao da pra ler direito, nao da pra assistir filmes, nao se tem amigos pra conversar, pra olhar nos olhos.
Nem nada muito produtivo tem vindo como ideias alem das mórbidas e de fuga.
Por que o mundo fica tao longe do meu quarto?
Se pelo menos fosse da febre delirante. mas é daquela que vem só pra prostrar e paralizar.
inferno.
Dias parecendo semanas. semanas solitárias.
semanas de febre, dor, incomodo.
Sinceramente nao gosto de catarsear por aqui, essa coisa lamuriosa e chata.
Mas infelizmente nao tenho tido outra ideia genial de catarse.
Nao da pra ler direito, nao da pra assistir filmes, nao se tem amigos pra conversar, pra olhar nos olhos.
Nem nada muito produtivo tem vindo como ideias alem das mórbidas e de fuga.
Por que o mundo fica tao longe do meu quarto?
Se pelo menos fosse da febre delirante. mas é daquela que vem só pra prostrar e paralizar.
inferno.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
É muito impressionante como a nossa historia fica forte quando nao estamos juntos.
Em pensar que estava só do seu lado. Agora estou só e com infinitas e importantes lembranças.
As vezes chego a pensar que deveria estar ao seu lado pra poder esquecer.
Nao sei se funcionaria ou se seria mais um ciclo de evitaçao de enfrentar inevitáveis conjunturas, situaçoes, sensaçoes, sentimentos, saudades, faltas, presenças, desejos, espelhos, sim, nao, duvidas, enfins, vai saber?
Mais uma vez o "esquecer de esquecer".
mais uma vez...
Em pensar que estava só do seu lado. Agora estou só e com infinitas e importantes lembranças.
As vezes chego a pensar que deveria estar ao seu lado pra poder esquecer.
Nao sei se funcionaria ou se seria mais um ciclo de evitaçao de enfrentar inevitáveis conjunturas, situaçoes, sensaçoes, sentimentos, saudades, faltas, presenças, desejos, espelhos, sim, nao, duvidas, enfins, vai saber?
Mais uma vez o "esquecer de esquecer".
mais uma vez...
terça-feira, 17 de agosto de 2010
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Em busca da Ilha (deserta)? - I
Li certa vez que existem dois tipos de ilhas: as continentais e as oceanicas.
As continentais sao formadas a partir de fraturas, alagamentos, rompimentos desses pedaços com o continente.
As oceanicas, por sua vez, sao formadas de erupçoes, que se transformam em corais e eventualmente em ilhas.
Por sua vez dois novos territórios, desérticos agora, sao feitos ilhas.
Uma partenogenese. Um ovo nasce da terra/agua.
Todo esse processo, pra ter sentido, precisa de um observador ou desejante pretendente a habitante.
Toda mitologia, fantasia, começa. re-começa. um segundo nascimento da terra é possivel para o homem.
um segundo renascer do homem é possivel para a terra?
ou ela continuará desértica aguardando o seu re-nascer?
na pior das hipóteses, tudo terminaria como mais um simulacro, re-petiçao?
(mas repetiçao seria de fato uma repetiçao, ou seria quando realmente tudo ganharia sentido possivel?
Daí concursa-se à diferença?
Essa inapreensível?)
As continentais sao formadas a partir de fraturas, alagamentos, rompimentos desses pedaços com o continente.
As oceanicas, por sua vez, sao formadas de erupçoes, que se transformam em corais e eventualmente em ilhas.
Por sua vez dois novos territórios, desérticos agora, sao feitos ilhas.
Uma partenogenese. Um ovo nasce da terra/agua.
Todo esse processo, pra ter sentido, precisa de um observador ou desejante pretendente a habitante.
Toda mitologia, fantasia, começa. re-começa. um segundo nascimento da terra é possivel para o homem.
um segundo renascer do homem é possivel para a terra?
ou ela continuará desértica aguardando o seu re-nascer?
na pior das hipóteses, tudo terminaria como mais um simulacro, re-petiçao?
(mas repetiçao seria de fato uma repetiçao, ou seria quando realmente tudo ganharia sentido possivel?
Daí concursa-se à diferença?
Essa inapreensível?)
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Eis que um belo dia o jovem acorda.
Olha as coisas um pouco diferentes, diziam que não há soluçao.
Muitos diziam.
Ele quase acreditou.
Mas esse era um dia muito determinado e determinante.
Ele nao podia fingir que seria diferente.
A ideia que ao dormir parecia um tanto quanto lunática, ao acordar parecia
a unica soluçao como o raiar do sol.
Chegou na cozinha, procurou a todos.
Nao achou.
Mas uma vez fez nexo, era dia dos pais!
Tudo caminha. Ele mais uma vez entende a importancia.
Entao lembra de ir a casa de seu avô, que morava algumas quadras de sua casa.
Lembra que a família inequívocamente se reunia la nesse tipo de datas.
Por uma força magnética inexplicável. Era toda santa data.
Essa nao seria diferente. Talvez fosse mais santa que as outras ou mais pagã.
Ele chega.
Todos estao na mesa, compartilhando belamente o almoço preparado com tanto zelo.
Ninguem briga pela comida, todos se preocupam em partilhar.
Nao igualmente, mas de acordo com a necessidade de cada um, pra que nao houvesse chance da falta surgir.
Ele mais uma vez entendia tudo. Tudo como pensara e como ia ser.
Chega na cozinha, comprimenta uma prima e vai para a gaveta.
pega uma faca de peixe. Era peixe o prato principal, como nao seria?
Na sala todos olham com sorrisos para ele, finalmente chegara.
Quase acharam que nao ia, mas sabiam que ele nao faltaria.
Primeiro o avô. arranca seu olho com a faca.
Todos olham imóveis, nao há grito.
Logo em seguida a jugular.
Um por um espera a sua hora com uma imóvel paciencia mista de extase.
Um por um. Primos e primos, tios e tias, mae e pai.
Depois de ter terminado sua tarefa, fecha os olhos e crava a faca certeiramente em seu peito.
Como ensaiara tantas vezes antes do Dia.
Com um ultimo suspiro, Tira a carta do bolso e coloca na ponta da mesa perto do Patriarca da família, com o simples escrito cunhado a ouro e sangue:
"Por um Mundo melhor"
quarta-feira, 30 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
domingo, 6 de junho de 2010
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Então fui comprar um passarinho.
Resolvi isso de ultima hora.
Entao pergunto ao dono: o senhor tem algum pássaro pra vender?
Ele pergunta de volta se eu quero algum em especial?
Eu digo que não, apenas queria saber o preço e se tinha passarinho.
Ele diz que deve conseguir uns canários belgas pra semana, mas que no momento só tem um periquito. Na verdade uma periquita. Acredita ser fêmea.
Eu digo que vou querer levar.
Entao ele me pergunta se eu tenho gaiola em casa, e tem que ser de metal.
Eu digo que nao, mas que dou um jeito.
Enrola, enrola, diz q so vai me vender se eu tiver uma gaiola, pq senao eu vou jogar meu dinheiro fora.
Eu finjo ligar pra casa, me sinto ridículo, volto a loja e digo q tem uma gaiola de madeira, mas que vou providenciar a de metal.
depois de muito enrolar ele resolve me vender, desconfiado e preocupado que eu nao fosse dar chance ao bicho de fugir.
Eu digo que se o bicho conseguir fugir ele mereceu por ser esperto.
Ele diz que esses bichos nao sao espertos, simplesmente fogem, sao assim.
Nao digo nada.
Depois de muito custo, finalmente vai pegar o passaro, me explica antes que eu tenho q dar agua e comida, senao ele morre. e morre mesmo. tá me avisando.
Compro o passaro
chego na praça que imaginei. nao era como imaginava.
ando mais.
muitos carros passam. o bicho inquieta.
sossega. falo pra ele que nao vai demorar muito.
chego noutra praça, menor essa. nem imaginei.
começo a abrir a pequena caixa. calma, já vai.
tá aberta agora. Vai.
Ele vai. mal dá pra ver.
Nao teve poesia nem nada. apenas foi.
voou capenga e desengonçado
numa fraçao de segundos ele era mundo, nao sei nem se era vivo.
apenas foi
Tem dias que sao no mínimo estranhos. Na verdade acho que existiriam poucas palavras pra descrever esses dias. Na verdade neles as palavras saem com dificuldade. um parto.
Na verdade eu nem sei porque eu to escrevendo aqui.
Pensei em falar sobre uma visita ao inferno, talvez uma outra ao céu. ou talvez como eu sai dos dois ou nunca sai de nenhum dos dois. ou como eu nunca fui a lugar nenhum. ou como eu nunca existi. em lugar nenhum.
As vezes a gente se acostuma com as lacunas. as vezes a gente aprende a construir pontes por cima delas, com pedágio até as vezes.
Entao eu morri. ai aconteceu do além vida ser a própria vida. como eu nunca imaginei e como eu sempre soube que seria.
É tudo igual. tudo como se imagina. Exatamente.
Na verdade sempre vai poder ser o que voce quiser e imaginar ser. tudo igual.
Quem poderia imaginar?
Deve ser uma coisa bem assustadora pra quem nao consegue imaginar diferente dos céus e infernos que já criaram por ai. as coisas préfabricadas, deve dá um ar de 'looping' sem fim com cheiro de mofo.
É bom quando o igual ja é tao diferente, porque se nao fosse... nao sei o que seria... sinceramente.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
A cidade: uma equação simples, óbvia e formal.
Pro bom funcionamento das urbes e de um governo-estado precisamos das
pessoas sempre Cansadas, Tristes, Insatisfeitas e Acostumadas.
=
Acordar. Comer. Trabalhar. comer. Dormir.
Entre os pontos: catarse e vícios; pouca diversão sincera e descomprometida.
+
Assim nunca protestarão e acharão sempre melhor que alguém cuide de suas vidas por si!
Da mesma forma que estarão sempre desejando consumir pra aplacar a angústia e a impotencia do dia-a-dia.
*
E nunca pensarão que Tudo pode ser diferente.
quarta-feira, 3 de março de 2010
Uma beleza do hoje...(?)
"Senhor, se te adoro por temor do Inferno, queima-me no Inferno, e se te adoro por esperança do Paraíso, exclui-me do Paraíso, mas se te adoro por ti mesmo, não me negues tua imortal formosura" (citação de Farid al-Din Attar, p. 147)
"OSVALDO FERRARI - Sim, em consequencia, Lucrécio propunha viver a vida da melhor maneira possivel, e nao se iludir com algo alem da morte, como bom seguidor de Epicuro.
JORGE LUIS BORGES - Sim,(...) mas eu iria mais longe, diria que esperar uma recompensa ou temer um castigo é algo imoral, porque se voce agir bem porque será recompensado, ou pelo temor a ser castigado, nao sei até que ponto a sua boa açao é uma boa açao, nao sei até que ponto isso é ético. Eu diria que nao, que se tememos castigos e esperamos recompensas, já nao somos homens éticos." (p. 154)
(BORGES, Jorge Luis. Sobre a amizade e outros diálogos. São Paulo: Hedra, 2009. )
"OSVALDO FERRARI - Sim, em consequencia, Lucrécio propunha viver a vida da melhor maneira possivel, e nao se iludir com algo alem da morte, como bom seguidor de Epicuro.
JORGE LUIS BORGES - Sim,(...) mas eu iria mais longe, diria que esperar uma recompensa ou temer um castigo é algo imoral, porque se voce agir bem porque será recompensado, ou pelo temor a ser castigado, nao sei até que ponto a sua boa açao é uma boa açao, nao sei até que ponto isso é ético. Eu diria que nao, que se tememos castigos e esperamos recompensas, já nao somos homens éticos." (p. 154)
(BORGES, Jorge Luis. Sobre a amizade e outros diálogos. São Paulo: Hedra, 2009. )
terça-feira, 2 de março de 2010
segunda-feira, 1 de março de 2010
A revolta de ontem...(?)
"Manifesto Utópico-Ecológico em Defesa da Poesia & do Delírio
INVOCAÇÃO
Ao Grande deus Dagon de olhos de fogo,
ao deus da vegetação Dionisos,
ao deus Puer que hipnotiza o Universo com seu ânus de diamante,
ao deus Escorpião atravessando a cabeça do Anjo,
ao deus Luper que desafiou as galáxias roedoras,
a Baal deus da pedra negra,
a Xangô deus-caralho fecundador da Tempestade.
Eu defendo o direito de todo ser Humano ao Pão & à
Poesia.
Estamos sendo destruídos em nosso núcleo biológico,
nosso espaço vital & dos animais está reduzido a
proporções ínfimas
quero dizer que o torniquete da civilização está
provocando dor no corpo & baba histérica
o delírio foi afastado da Teoria do Conhecimento
& nossas escolas estão atrasadas pelo menos cem anos
em relação às últimas descobertas científicas no
campo da física, biologia, astronomia, linguagem,
pesquisa espacial, religião, ecologia,
poesia-cósmica, etc.,
provocando abandono das escolas pelas crianças, que
percebem que o professor não tem nada a
transmitir,
imobilizando nossas escolas no vício de linguagem
& perda de tempo
em currículos de adestramento, onde nunca ninguém vai
estudar Einstein, Gerard de Nerval, Nietzsche,
Gilberto Freyre, J. Rostand, Fourier,
W. Heinsenberg, Paul Goodman, Virgílio, Murilo
Mendes, Max Born, Sousandrade, Hynek, G. Benn,
Barthes, Robert Sheckley, Rimbaud, Raymond
Roussel, Leopardi, Trakl, Rajneesh, Catulo, Crevel,
São Francisco, Vico, Darwin, Blake, Blavatsky,
Krucënych, Joyce, Reverdy, Villon, Novalis,
Marinetti, Heidegger & Jacob Boehme
& por essa razão a escola se coagulou em Galinheiro
onde se choca a histeria, o torcicolo & repressão sexual,
não existindo mais saída a não ser fechá-la &
transformá-la em Cinema onde crianças &
adolescentes sigam de novo as pegadas da
Fantasia com muita bolinação no escuro.
Os partidos políticos brasileiros não têm nenhuma
preocupação em trazer a UTOPIA para o quotidiano.
Por isso em nome da saúde mental das novas gerações
eu reivindico o seguinte:
1 - Transformar a Praça da Sé em horta coletiva
& pública.
2 - Distribuir obras dos poetas brasileiros entre os
garotos (as) da Febem, únicos capazes de
transformar a violência & angústia de suas almas
em música das esferas.
3 - Saunas para o povo.
4 - Construção urgente de mictórios públicos (existem
pouquíssimos, o que prova que nossos políticos
nunca andam a Pé ) & espelhos.
5 - Fazer da Onça (pintada, preta & suçuarana) o
Totem da nacionalidade. Organizar grupos de
proteção à Onça em seu habitat natural. Devolver
as onças que vivem trançadas em zoológicos às
florestas. Abertura de inscrições para voluntários
que queiram se comunicar telepaticamente com
as onças para sabermos de suas reais dificuldades.
Dessa maneira as onças poderiam passar uma
temporada de 2 semanas entre os homens &
nesse período poderiam servir de guias &
professores na orientação das crianças cegas.
6 - Criação de uma política eficiente & com grande
informação ao público em relação aos
Discos-Voadores. Formação de grupos de contato
& troca de informação. Facilitar relações eróticas
entre terrestres & tripulantes dos óvnis.
7 - Nova orientação dos neurônios através da
Gastronomia Combinada & da Respiração.
8 - Distribuição de manuais entre sexólogas (os)
explicando por que o coito anal derruba o Kapital
9 - Banquetes oferecidos à população pela Federação
das Indústrias.
10 - Provocar o surgimento da Bossa-Nova Metafísica
& do Pornosamba.
O Estado mantém as pessoas ocupadas o tempo integral para que elas NÃO pensem eroticamente, libertariamente. Novalis, o poeta do romantismo alemão que contemplou a Flor Azul, afirmou: "Quem é muito velho para delirar evite reuniões juvenis. Agora é tempo de saturnais literárias. Quanto mais variada a vida tanto melhor "."
(Roberto Piva, "O século XXI me dará razão", São Paulo, 1983)
INVOCAÇÃO
Ao Grande deus Dagon de olhos de fogo,
ao deus da vegetação Dionisos,
ao deus Puer que hipnotiza o Universo com seu ânus de diamante,
ao deus Escorpião atravessando a cabeça do Anjo,
ao deus Luper que desafiou as galáxias roedoras,
a Baal deus da pedra negra,
a Xangô deus-caralho fecundador da Tempestade.
Eu defendo o direito de todo ser Humano ao Pão & à
Poesia.
Estamos sendo destruídos em nosso núcleo biológico,
nosso espaço vital & dos animais está reduzido a
proporções ínfimas
quero dizer que o torniquete da civilização está
provocando dor no corpo & baba histérica
o delírio foi afastado da Teoria do Conhecimento
& nossas escolas estão atrasadas pelo menos cem anos
em relação às últimas descobertas científicas no
campo da física, biologia, astronomia, linguagem,
pesquisa espacial, religião, ecologia,
poesia-cósmica, etc.,
provocando abandono das escolas pelas crianças, que
percebem que o professor não tem nada a
transmitir,
imobilizando nossas escolas no vício de linguagem
& perda de tempo
em currículos de adestramento, onde nunca ninguém vai
estudar Einstein, Gerard de Nerval, Nietzsche,
Gilberto Freyre, J. Rostand, Fourier,
W. Heinsenberg, Paul Goodman, Virgílio, Murilo
Mendes, Max Born, Sousandrade, Hynek, G. Benn,
Barthes, Robert Sheckley, Rimbaud, Raymond
Roussel, Leopardi, Trakl, Rajneesh, Catulo, Crevel,
São Francisco, Vico, Darwin, Blake, Blavatsky,
Krucënych, Joyce, Reverdy, Villon, Novalis,
Marinetti, Heidegger & Jacob Boehme
& por essa razão a escola se coagulou em Galinheiro
onde se choca a histeria, o torcicolo & repressão sexual,
não existindo mais saída a não ser fechá-la &
transformá-la em Cinema onde crianças &
adolescentes sigam de novo as pegadas da
Fantasia com muita bolinação no escuro.
Os partidos políticos brasileiros não têm nenhuma
preocupação em trazer a UTOPIA para o quotidiano.
Por isso em nome da saúde mental das novas gerações
eu reivindico o seguinte:
1 - Transformar a Praça da Sé em horta coletiva
& pública.
2 - Distribuir obras dos poetas brasileiros entre os
garotos (as) da Febem, únicos capazes de
transformar a violência & angústia de suas almas
em música das esferas.
3 - Saunas para o povo.
4 - Construção urgente de mictórios públicos (existem
pouquíssimos, o que prova que nossos políticos
nunca andam a Pé ) & espelhos.
5 - Fazer da Onça (pintada, preta & suçuarana) o
Totem da nacionalidade. Organizar grupos de
proteção à Onça em seu habitat natural. Devolver
as onças que vivem trançadas em zoológicos às
florestas. Abertura de inscrições para voluntários
que queiram se comunicar telepaticamente com
as onças para sabermos de suas reais dificuldades.
Dessa maneira as onças poderiam passar uma
temporada de 2 semanas entre os homens &
nesse período poderiam servir de guias &
professores na orientação das crianças cegas.
6 - Criação de uma política eficiente & com grande
informação ao público em relação aos
Discos-Voadores. Formação de grupos de contato
& troca de informação. Facilitar relações eróticas
entre terrestres & tripulantes dos óvnis.
7 - Nova orientação dos neurônios através da
Gastronomia Combinada & da Respiração.
8 - Distribuição de manuais entre sexólogas (os)
explicando por que o coito anal derruba o Kapital
9 - Banquetes oferecidos à população pela Federação
das Indústrias.
10 - Provocar o surgimento da Bossa-Nova Metafísica
& do Pornosamba.
O Estado mantém as pessoas ocupadas o tempo integral para que elas NÃO pensem eroticamente, libertariamente. Novalis, o poeta do romantismo alemão que contemplou a Flor Azul, afirmou: "Quem é muito velho para delirar evite reuniões juvenis. Agora é tempo de saturnais literárias. Quanto mais variada a vida tanto melhor "."
(Roberto Piva, "O século XXI me dará razão", São Paulo, 1983)
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
'Life is... ahn... Procrastination'?
(Story, animation and direction by Johnny Kelly. Voice Over by Bryan Quinn.http://www.mickeyandjohnny.com/)
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
"fotobook"
Ah, A Praia. dança.
Pose pra foto.
moscas moscas moscas moscas
pose pra foto.
moscas moscas moscas moscas
pos pra foto.
moscas moscas moscas moscas
O Sol.
Enquadra. troca de roupa
Captura. beijinho.
Enquadra. banho de mar.
Captura. abraço romântico.
Cora as feiçoes.
ajeita a lente.
ajeita.
a lente.
espelho. ui
o vento. venta. Leva a sujeira.
Chega. mais uma?
A luz. tá escuro?
Acabou. vai ficar um arraso!
deixa pra trás.
As nuvens. fecham a cortina.
Entre elas, um tímido arco-iris.
O astro Sol já inicia seu descanso. mas ainda nao dorme.
siris. caranguejos. crustáceos. seres. muitos
saem e. continuam
dança peculiar.
estranhamente engraçada.
não pensam nisso. cavam
O mar cintila.
brinca.
bronca. calma.
brinca.
Eu. Olho.
nuvens despencam.
se despede. maresia agora é
chuva...
Pose pra foto.
moscas moscas moscas moscas
pose pra foto.
moscas moscas moscas moscas
pos pra foto.
moscas moscas moscas moscas
O Sol.
Enquadra. troca de roupa
Captura. beijinho.
Enquadra. banho de mar.
Captura. abraço romântico.
Cora as feiçoes.
ajeita a lente.
ajeita.
a lente.
espelho. ui
o vento. venta. Leva a sujeira.
Chega. mais uma?
A luz. tá escuro?
Acabou. vai ficar um arraso!
deixa pra trás.
As nuvens. fecham a cortina.
Entre elas, um tímido arco-iris.
O astro Sol já inicia seu descanso. mas ainda nao dorme.
siris. caranguejos. crustáceos. seres. muitos
saem e. continuam
dança peculiar.
estranhamente engraçada.
não pensam nisso. cavam
O mar cintila.
brinca.
bronca. calma.
brinca.
Eu. Olho.
nuvens despencam.
se despede. maresia agora é
chuva...
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
bigbangchaostheory 2.0
No princípio, Deus e o homem eram um.
Não havia distinção. Não havia um e outro. nao havia outro e eu.
Tudo funcionava com uma harmonia estática. Perfeita.
De forma que Nada existia. E não havia movimento. não havia criação.
Deus era Nada. Estar com Deus era a inexistência.
De alguma forma conseguiram contar que isso era bom. mesmo que isso nao fosse possivel ainda.
E talvez, em termos humanos, as coisas até existiam. mas eram próximas a uma não existencia. Pois nao havia consciencia disso.
Logo, Tudo beirava o Nada. Nada era Tudo.
E as coisas eram eternas. Sem precisar ser.
Eis que um dia. Um anjo de luz. Um demônio gracioso. O caos.
Surge.
Fez-se a diferença entre luz e sombra, apesar dessa ser o mesmo junto com a outra.
Mas elas se separaram. Foi possivel contrastar uma com a outra.
Criou-se a partir do caos desarmonizador. As formas.
A harmonia de Deus, como se intui conhecer, jamais estaria sozinha.
Um Belo anjo de curvas sedutoras agora era presente. E ele dançava graciosamente.
As coisas passaram a existir, a decidir-se por um lado ou outro onde estivesse em mais abundancia.
a harmonia perfeita do tudo e o nada. a existencia-inexistencia assim deixou de existir.
para Existir.
A maçã a essa hora já foi comida.
Ja é possivel ser homem e deus.
Existir e nao existir.
ser eterno e finito.
Conhecer. Perceber-se Forma.
Escolher. e mais do que isso, saber o peso dessa escolha.
Deus ou Diabo?
A dúvida. o caminho.
A ética (moral?). A estética.
Uma armadilha eis aqui criada.
(...)
Poder de criar.
Mas... Talvez escolher seja pesado de mais. que tal criar coisas que decidam por nós?
Leis? Moral?
Mas espera. quem fez isso por nós. É preciso alguém pra ter criado a Lei. Vamos criar alguma figura pra deter o poder sobre ela e agente se eximir mais uma vez da responsabilidade (culpa?) da escolha:
Linguagem? Totém? Deus? Reis? Igreja? Família? Jurista? Patrão?
Dinheiro?
Acho que dá certo com uma estrutra complexa e auto-justificativa. Transcendente Talvez.
Talvez ninguem nunca tenha paciencia pra identificá-la numa outra estrutura.
Vai dar certo.
Mas e se alguém algum dia chegar perto disso?
Simples: Violência! Ameaçar a forma com o fim da forma.
Temos o poder de criar. podemos também destruir.
Mas destruir dói?
(...)
- Papai, papai, quero me religar a Deus de novo!
- Calma filho.
Talvez realmente nao esteja mais tão longe do homem finalmente reunir-se a Deus.
Pra Sempre.
(...)
Bum!
[e talvez nem se tenha tanta sorte de ser rápido e monossilábico assim.]
Não havia distinção. Não havia um e outro. nao havia outro e eu.
Tudo funcionava com uma harmonia estática. Perfeita.
De forma que Nada existia. E não havia movimento. não havia criação.
Deus era Nada. Estar com Deus era a inexistência.
De alguma forma conseguiram contar que isso era bom. mesmo que isso nao fosse possivel ainda.
E talvez, em termos humanos, as coisas até existiam. mas eram próximas a uma não existencia. Pois nao havia consciencia disso.
Logo, Tudo beirava o Nada. Nada era Tudo.
E as coisas eram eternas. Sem precisar ser.
Eis que um dia. Um anjo de luz. Um demônio gracioso. O caos.
Surge.
Fez-se a diferença entre luz e sombra, apesar dessa ser o mesmo junto com a outra.
Mas elas se separaram. Foi possivel contrastar uma com a outra.
Criou-se a partir do caos desarmonizador. As formas.
A harmonia de Deus, como se intui conhecer, jamais estaria sozinha.
Um Belo anjo de curvas sedutoras agora era presente. E ele dançava graciosamente.
As coisas passaram a existir, a decidir-se por um lado ou outro onde estivesse em mais abundancia.
a harmonia perfeita do tudo e o nada. a existencia-inexistencia assim deixou de existir.
para Existir.
A maçã a essa hora já foi comida.
Ja é possivel ser homem e deus.
Existir e nao existir.
ser eterno e finito.
Conhecer. Perceber-se Forma.
Escolher. e mais do que isso, saber o peso dessa escolha.
Deus ou Diabo?
A dúvida. o caminho.
A ética (moral?). A estética.
Uma armadilha eis aqui criada.
(...)
Poder de criar.
Mas... Talvez escolher seja pesado de mais. que tal criar coisas que decidam por nós?
Leis? Moral?
Mas espera. quem fez isso por nós. É preciso alguém pra ter criado a Lei. Vamos criar alguma figura pra deter o poder sobre ela e agente se eximir mais uma vez da responsabilidade (culpa?) da escolha:
Linguagem? Totém? Deus? Reis? Igreja? Família? Jurista? Patrão?
Dinheiro?
Acho que dá certo com uma estrutra complexa e auto-justificativa. Transcendente Talvez.
Talvez ninguem nunca tenha paciencia pra identificá-la numa outra estrutura.
Vai dar certo.
Mas e se alguém algum dia chegar perto disso?
Simples: Violência! Ameaçar a forma com o fim da forma.
Temos o poder de criar. podemos também destruir.
Mas destruir dói?
(...)
- Papai, papai, quero me religar a Deus de novo!
- Calma filho.
Talvez realmente nao esteja mais tão longe do homem finalmente reunir-se a Deus.
Pra Sempre.
(...)
Bum!
[e talvez nem se tenha tanta sorte de ser rápido e monossilábico assim.]
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
"Sabiá"
"A todo mundo eu dou psiu (Psiu, Psiu, Psiu)
Diz por favor (Sabiá)
Tu que tanto anda no mundo (Sabiá)
Onde anda o meu amor
Sábia..."
("Sabiá", Luiz Gonzaga)
Perguntando por meu bem (Psiu, Psiu, Psiu)
Tendo um coração vazio
Vivo assim a dar psiu
Sabiá vem cá também (Psiu, Psiu, Psiu)
Tu que anda pelo mundo (Sabiá)
Tu que tanto já voou (Sabiá)
Tu que fala aos passarinhos (Sabiá)
Alivia minha dor (Sabiá)
Diz por favor (Sabiá)
Tu que tanto anda no mundo (Sabiá)
Onde anda o meu amor
Sábia..."
("Sabiá", Luiz Gonzaga)
sábado, 6 de fevereiro de 2010
"Escuta, Zé ninguém!"
"Não fujas! Tem ânimo e contempla-te.
“Que direito tem este tipo de dizer-me o que quer que seja?”
Leio esta pergunta nos teus olhos-amedrontados. Ouço-a na sua impertinência, Zé Ninguém.
Tens medo de olhar para ti próprio, tens medo da crítica, tal como tens medo do poder que te prometem e que não saberias usar.
Nem te atreves a pensar que poderias ser diferente: livre em vez de deprimido, direto em vez de cauteloso, amando às claras e não mais como um ladrão na noite.
Tu mesmo te desprezas, Zé Ninguém, Dizes: “Quem sou eu para ter opinião própria, para decidir da minha própria vida e ter o mundo por meu?”
E tens razão: Quem és tu para reclamar direitos sobre a tua vida? Deixa-me dizer-te.
Diferes dos grandes homens que verdadeiramente o são apenas num ponto: todo o grande homem foi outrora um Zé Ninguém que desenvolveu apenas uma outra qualidade: a de reconhecer as áreas em que havia limitações e estreiteza no seu modo de pensar e agir.
Através de qualquer tarefa que o apaixonasse, aprendeu a sentir cada vez melhor aquilo em que a sua pequenez e mediocridade ameaçavam a sua felicidade.
O grande homem é, pois, aquele que reconhece quando e em que é pequeno.
O homem pequeno é aquele que não reconhece a sua pequenez e teme reconhecê-la; que procura mascarar a sua tacanhez e estreiteza de vistas com ilusões de força e grandeza, força e grandeza alheias. Que se orgulha dos seus grandes generais, mas não de si próprio. Que admira as idéias que não teve, mas nunca as que teve.
Que acredita mais arraigadamente nas coisas que menos entende, e que não acredita no que quer que lhe pareça fácil de assimilar."
(Trecho do Texto "Escuta, Zé ninguém!", de W. Reich)
“Que direito tem este tipo de dizer-me o que quer que seja?”
Leio esta pergunta nos teus olhos-amedrontados. Ouço-a na sua impertinência, Zé Ninguém.
Tens medo de olhar para ti próprio, tens medo da crítica, tal como tens medo do poder que te prometem e que não saberias usar.
Nem te atreves a pensar que poderias ser diferente: livre em vez de deprimido, direto em vez de cauteloso, amando às claras e não mais como um ladrão na noite.
Tu mesmo te desprezas, Zé Ninguém, Dizes: “Quem sou eu para ter opinião própria, para decidir da minha própria vida e ter o mundo por meu?”
E tens razão: Quem és tu para reclamar direitos sobre a tua vida? Deixa-me dizer-te.
Diferes dos grandes homens que verdadeiramente o são apenas num ponto: todo o grande homem foi outrora um Zé Ninguém que desenvolveu apenas uma outra qualidade: a de reconhecer as áreas em que havia limitações e estreiteza no seu modo de pensar e agir.
Através de qualquer tarefa que o apaixonasse, aprendeu a sentir cada vez melhor aquilo em que a sua pequenez e mediocridade ameaçavam a sua felicidade.
O grande homem é, pois, aquele que reconhece quando e em que é pequeno.
O homem pequeno é aquele que não reconhece a sua pequenez e teme reconhecê-la; que procura mascarar a sua tacanhez e estreiteza de vistas com ilusões de força e grandeza, força e grandeza alheias. Que se orgulha dos seus grandes generais, mas não de si próprio. Que admira as idéias que não teve, mas nunca as que teve.
Que acredita mais arraigadamente nas coisas que menos entende, e que não acredita no que quer que lhe pareça fácil de assimilar."
(Trecho do Texto "Escuta, Zé ninguém!", de W. Reich)
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
"No Brain"!!!
Um dia, como já era de se esperar, o mundo foi tomado por uma infestação de zumbis.
Alguns dizem que eles são pragas do apocalipse.
Outros que eles são uma mutação causada por uma bactéria norte-americana, criada para atacar a URSS na época da guerra fria e transformar os comunistas em decrépitas formas. Mais.
Ainda há aqueles que acreditam serem raças alienígenas no controle de seus corpos, para poder extinguir a raça humana e dominar o planeta.
Ah, têm ainda os paranóico-religiosos, que dizem brilhantemente que é obra do Capeta.
Mas introduções a parte, vamos onde um singular caso deu origem a uma reviravolta na praga dos zumbis no mundo.
Quando grande parte das cidades globais já estava enfrentando como podia os zumbis e outras já haviam se transformado completamente em cidades zumbis. Um grupo de famintos jovens zumbis vagavam em direção a lugar nenhum.
Então, deparam-se com uma "comunidade alternativa".
Lá as pessoas, com seus dreadlocks, cultivavam uma vida em harmonia com a natureza e com Jah.
Eram antimperialistas, anticonsumistas e anti-todaordem de progresso e controle autoritário, incluindo banhos diários, pois isso ia contra a fauna de bactérias e fungos que habitavam simbioticamente nossos corpos.
Os zumbis, se deparando com aquela paz e tranquilidade, pois ninguém corria deles, muito menos os atacavam.
Foram se aproximando devagar, prontos para sem muito trabalho consumirem os seus preciosos alimentos: Cérebros.
Chegando a uma roda - em que tocavam uma musica engraçada numa viola desafinada e passavam um cigarro artesanal de cheiro adocicado, que um deles chamou carinhosamente de "Maria Joana" - antes que iniciasse o ataque, já estavam com o cigarro na mão.
E Todos olhavam simpaticamente pros visitantes pra que continuassem o ritual e dessem um tapinha na Maria.
Então, sem muito pensar eles deram. E de repente tudo fez sentido!
Esse negócio de comer cérebros era algo que eles nunca tinham parado pra questionar. Era algo imposto desde que eles tinham nascido. Ninguém nunca parou pra pensar: “Pera ai, porque zumbis comem cérebros?”.
Despertaram! Viram que isso nao fazia sentido. Eles podiam conviver com os humanos sem precisar comer o cérebro deles. Eles podiam criar comunidades zumbis em harmonia com Jah, usarem dreadlocks, comer apenas vegetais!
E foi assim, que incrivelmente, meus caros, a história dos zumbis que normalmente contam teve uma reviravolta. Tendo Surgido ai, o primeiro movimento dissidente e pacifista entre os Zumbis: o "No Brain".
Se ainda nao os viram, ou ouviram falar, provavelmente encontrarão com eles num de seus acampamentos e até mesmo cidades isoladas, em estradas desertas ou no meio de alguma floresta.
Mas acreditem, isso também aconteceu!
Jah Bless!
and "No Brain"!
Alguns dizem que eles são pragas do apocalipse.
Outros que eles são uma mutação causada por uma bactéria norte-americana, criada para atacar a URSS na época da guerra fria e transformar os comunistas em decrépitas formas. Mais.
Ainda há aqueles que acreditam serem raças alienígenas no controle de seus corpos, para poder extinguir a raça humana e dominar o planeta.
Ah, têm ainda os paranóico-religiosos, que dizem brilhantemente que é obra do Capeta.
Mas introduções a parte, vamos onde um singular caso deu origem a uma reviravolta na praga dos zumbis no mundo.
Quando grande parte das cidades globais já estava enfrentando como podia os zumbis e outras já haviam se transformado completamente em cidades zumbis. Um grupo de famintos jovens zumbis vagavam em direção a lugar nenhum.
Então, deparam-se com uma "comunidade alternativa".
Lá as pessoas, com seus dreadlocks, cultivavam uma vida em harmonia com a natureza e com Jah.
Eram antimperialistas, anticonsumistas e anti-todaordem de progresso e controle autoritário, incluindo banhos diários, pois isso ia contra a fauna de bactérias e fungos que habitavam simbioticamente nossos corpos.
Os zumbis, se deparando com aquela paz e tranquilidade, pois ninguém corria deles, muito menos os atacavam.
Foram se aproximando devagar, prontos para sem muito trabalho consumirem os seus preciosos alimentos: Cérebros.
Chegando a uma roda - em que tocavam uma musica engraçada numa viola desafinada e passavam um cigarro artesanal de cheiro adocicado, que um deles chamou carinhosamente de "Maria Joana" - antes que iniciasse o ataque, já estavam com o cigarro na mão.
E Todos olhavam simpaticamente pros visitantes pra que continuassem o ritual e dessem um tapinha na Maria.
Então, sem muito pensar eles deram. E de repente tudo fez sentido!
Esse negócio de comer cérebros era algo que eles nunca tinham parado pra questionar. Era algo imposto desde que eles tinham nascido. Ninguém nunca parou pra pensar: “Pera ai, porque zumbis comem cérebros?”.
Despertaram! Viram que isso nao fazia sentido. Eles podiam conviver com os humanos sem precisar comer o cérebro deles. Eles podiam criar comunidades zumbis em harmonia com Jah, usarem dreadlocks, comer apenas vegetais!
E foi assim, que incrivelmente, meus caros, a história dos zumbis que normalmente contam teve uma reviravolta. Tendo Surgido ai, o primeiro movimento dissidente e pacifista entre os Zumbis: o "No Brain".
Se ainda nao os viram, ou ouviram falar, provavelmente encontrarão com eles num de seus acampamentos e até mesmo cidades isoladas, em estradas desertas ou no meio de alguma floresta.
Mas acreditem, isso também aconteceu!
Jah Bless!
and "No Brain"!
sábado, 23 de janeiro de 2010
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Memória Amora
" A maneira que eu me relaciono com a sua memória não é uma relaçao com formas humanas concretas. Na verdade voce nao é uma pessoa.
Acho que voce é um pedaço
de mim.
Brigando para ganhar Vida.
Forma. ato"
Doce-amarga memória.
Doce-amarga memória.
A-mórula.
Acho que voce é um pedaço
de mim.
Brigando para ganhar Vida.
Forma. ato"
Doce-amarga memória.
Doce-amarga memória.
A-mórula.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
"Nude, High and Dry"
"Don't get any big ideas
They're not gonna happen
You paint yourself white
And feel up with noise
But there'll be something missing
Now that you've found it, it's gone
Now that you feel it, you don't
You've gone off the rails
'Don't leave me high, don't leave me dry
Don't leave me high, don't leave me dry'
So don't get any big ideas
They're not going to happen
You'll go to hell for what your dirty mind is thinking
She stands stark naked and she beckons you to bed
Don't go, you'll only want to come back again
'Don't leave me high, don't leave me dry
Don't leave me high, don't leave me dry' "
("Nude" + "High and dry" - Radiohead)
They're not gonna happen
You paint yourself white
And feel up with noise
But there'll be something missing
Now that you've found it, it's gone
Now that you feel it, you don't
You've gone off the rails
'Don't leave me high, don't leave me dry
Don't leave me high, don't leave me dry'
So don't get any big ideas
They're not going to happen
You'll go to hell for what your dirty mind is thinking
She stands stark naked and she beckons you to bed
Don't go, you'll only want to come back again
'Don't leave me high, don't leave me dry
Don't leave me high, don't leave me dry' "
("Nude" + "High and dry" - Radiohead)
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
"navegante noturno"
Perdido.
Sera que ja me encontrei de outro modo que nao?
paixoes vem e vão.
paixoes vão e vem.
viajante.
viajando.
viajantes.
nao sei se dá pra ser de outro modo.
permanencia nunca foi meu forte.
Romantismos?
talvez. outra passagem?
E amor, é o que?
estável?
será que alguem me responde?
Paixoes vao e vem
paixoes vem e vao
e o amor?
alguem pode responder?...
talvez eu goste mesmo é de me perder...
vou em vão?
Sera que ja me encontrei de outro modo que nao?
paixoes vem e vão.
paixoes vão e vem.
viajante.
viajando.
viajantes.
nao sei se dá pra ser de outro modo.
permanencia nunca foi meu forte.
Romantismos?
talvez. outra passagem?
E amor, é o que?
estável?
será que alguem me responde?
Paixoes vao e vem
paixoes vem e vao
e o amor?
alguem pode responder?...
talvez eu goste mesmo é de me perder...
vou em vão?
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Dum primeiro beijo
Ele tem de ser inevitável. intempestivo.
Um autentico Encontro de intensidades.
Nao sei se aceitaria outro tipo.
Quase certo que nao.
------
E o sexo?
Sexo, nunca é só sexo.
Ele sempre acompanha ou oculta muito
sentimento.
------
E não há beijo pelo beijo e sexo pelo sexo?
Claro que sim.
mas qualquer um que ja tenha sentido ou desejado sentir
sabe as delicias
ou a indiferença. mesmo que depois.
Um autentico Encontro de intensidades.
Nao sei se aceitaria outro tipo.
Quase certo que nao.
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E o sexo?
Sexo, nunca é só sexo.
Ele sempre acompanha ou oculta muito
sentimento.
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E não há beijo pelo beijo e sexo pelo sexo?
Claro que sim.
mas qualquer um que ja tenha sentido ou desejado sentir
sabe as delicias
ou a indiferença. mesmo que depois.
"Fake plastic trees"
Quando a Lua
mais uma vez
parece ser a única
companhia sincera
e que nao é de plástico.
Talvez porque esteja tão
distante e cálida.
Eu acabe achando sua
companhia a mais verdadeira
e de curvas exatas.
Alguns outros descobriram
isso mais cedo que eu.
Tomaram como verdade
E estenderam seus papeloes sobre
o concreto sob o luar.
Lhe daria um beijo se
fosse possivel.
Assim sóbrio definitivamente
não é.
Boa noite desilusão.
Bom dia nova esperança. Talvez.
mais uma vez
parece ser a única
companhia sincera
e que nao é de plástico.
Talvez porque esteja tão
distante e cálida.
Eu acabe achando sua
companhia a mais verdadeira
e de curvas exatas.
Alguns outros descobriram
isso mais cedo que eu.
Tomaram como verdade
E estenderam seus papeloes sobre
o concreto sob o luar.
Lhe daria um beijo se
fosse possivel.
Assim sóbrio definitivamente
não é.
Boa noite desilusão.
Bom dia nova esperança. Talvez.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Uma praia - (continuação?)
A areia da praia à luz da lua é varios rostos sobrepostos e ladoalado pasmos de olhar pro céu.
o homem ao perder a capacidade de morrer por um ideal de liberdade, nao somente perdeu um grande poder de(em) vida, mas também aumentou o numero de barras na sua cela.
E ainda têm medo de ter convicção em suas ideias pra nao correrem o risco de morrerem com elas. fora da praia.
o homem ao perder a capacidade de morrer por um ideal de liberdade, nao somente perdeu um grande poder de(em) vida, mas também aumentou o numero de barras na sua cela.
E ainda têm medo de ter convicção em suas ideias pra nao correrem o risco de morrerem com elas. fora da praia.
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